Opinião: Mudar as estruturas de poder e tornar eficiente a democracia representativa de modo a produzir justiça e humanidade!

Opinião

A história de nossa nacionalidade sob os aspectos de formação histórica, econômica, social e política se repetem em escala menor em cada município brasileiro e não seria diferente em Juazeiro na Bahia!


Procedendo-se uma análise fria e sociológica do comportamento do brasileiro com repercussões gerais quando se trata de participação na democracia representativa, verifica-se que os resquícios mais negativos dos povos Ibéricos, que nos colonizaram desde sempre, estão presentes hoje como um retrato uma herança de um passado!
Uma das questões que mais torna difícil mudar o país é a constatação de quão é complicado o exercício da democracia, notadamente dos que são ou foram eleitos para dirigir ou representar o povo em quaisquer esferas de poder.
Quando pessoas assumem a direção de entidades, briga-se pela paternidade das entidades e das ações com uma prevalência constante e contínua e isso decorre do fato de que somos um povo com baixo nível de compreensão do que é de verdade o interesse coletivo!
Por exemplo, os partidos políticos tem donos e isto, sem exceções, mesmo alguns mais aguerridos e cheios de tendências político-ideológicas que se situam no espectro de esquerda os tem, possuem proprietários visíveis ou subliminares ( dão as cartas nos bastidores).
Quando se examinam as associações e sindicatos constata-se que também os tem, a ponto de terem brigas homéricas e violentas nas eleições para direção, porque isto envolve muito dinheiro arrecadado dos sócios e de transferências de verbas públicas da união muitas vezes e quem quer abrir mão disso ?
Quando se analisa com lupa de aumento a constatação é de que os supostos líderes são titerezinhos não passando de caudilhinhos de pouca cultura, formação e nenhum cultivo a democracia e ao interesse público!
Triste, mas dolorosamente verdadeiro!
À frente em sua grande maioria das entidades não há qualquer grau de exercício legítimo e democrático, pelo contrário, se adota o personalismo e o patrimonialismo como estratégia de dominação das entidades e de perpetuação dos interesses!
De tal sorte, que os partidos e entidades estão servindo invariavelmente às famílias de seus dirigentes que distribuem as comissões provisórias criadas no caso dos partidos ou as direções partidárias aos seus protegidos, parentes e aderentes para assegurar que seus interesses de apropriação patrimonialista do estado brasileiro se perpetuem e para garantir que suas famílias empreguem familiares, façam negócios com empresas de familiares, façam tráfico de influências com familiares e amigos entre outras tragédias que assistimos!
É triste e por vezes criminoso, o comportamento de muitos que estão na vida pública! E só estão na vida pública, porque lá encontram as fragilidades legais ou a indisposição de homens e mulheres de bem para a participação na política ( também são culpados, pela omissão e inação na construção do bem coletivo) ou ainda, porque na vida privada não se deram bem por não realizarem esforços maiores como o de estudar ( e não sem razão, pensar e usar a inteligência para lograr sobreviver de seu esforço pessoal é a atividade mais difícil da humanidade) ou trabalhar, pois exige saber um ofício e à ele, se dedicar ou empresariando e gerando oportunidades e riquezas, ou sendo servidor público honesto e dedicado ou ainda, sendo empregado privado e trabalhando com lealdade para que a empresa prospere e cresça para ganhar seu dinheiro com esforço próprio sem tráfico de influências, apaniguamento de políticos ou favorecimento indecente!
O retrato do Brasil em relação ao interesse público é esse! Raro, muito raro, ver de fato pessoas que estão em partidos ou entidades representativas de classe públicas ou privadas, de entidades associativas patronais ou de trabalhadores ou ainda entes não governamentais, que efetivamente o façam desprovidos de vaidades e do desejo sincero e honesto de servir ao país sem tirar uma “CASQUINHA”.
Infelizmente a maioria se aproxima para usufruir de benefícios e traficar interesses!
De modo que mudar tudo isso, só será possível com muita educação e o desenvolvimento de uma consciência coletiva.
Não serão partidos, sindicatos, associações, ONGs, etc que farão mudanças, pois as tais estruturas, só existem porque existem os seres humanos à frente delas!
Ou mudamos nós, ou nada mudará e o egoísmo continuará a ser a maior chaga da humanidade e a pobreza, sofrimento, miséria e dor as nossas marcas indeléveis da crueldade com que convivemos entre nós no planeta Terra!
Parece que não entendemos nada de humanidade e que a vida que viceja sobre a terra é vítima constante e ameaça permanente dos humanos!
Reflitamos sobre algumas questões: como de onde viemos? Quem somos? O que fazemos aqui? E para onde estamos indo? Talvez entendendo melhor tais aspectos nos tornemos melhores e mais coletivos!

Jairton Fraga Araujo

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