Oposição vê vantagens em disputar Governo contra Danilo Cabral

Opinião

A candidatura do deputado federal Danilo Cabral para a sucessão ao Governo do Estado não foi recebida com unanimidade dentro da Frente Popular mas, na chamada Oposição, foi o contrário. Isso porque o grupo considera o cenário oportuno para tirar do Palácio o PSB, que está há 16 anos no poder. “Esta é a chance da oposição tomar o poder e o cenário se mostra muito favorável”, avaliou um oposicionista em reserva, referindo-se ao nome de Danilo.

Como até alguns integrantes da base já falaram nos bastidores, Danilo não seria o nome mais forte politicamente falando para a disputa. Diferente do secretário da Casa Civil, Zé Neto, que iniciaria o pleito já com o apoio massivo dos prefeitos do grupo.

Somado à isso, a oposição deverá usar como discurso o fato de o escolhido ser um governador de apenas “quatro anos”, já que o atual prefeito do Recife, João Campos, estará apto a disputar a sucessão de 2026. Considerado o herdeiro político do “clã”, o prefeito do Recife não esconde de ninguém que gostaria de repetir o bisavô, Miguel Arraes, e o pai, Eduardo Campos, que governaram Pernambuco.

“A disputa já começa com a indicação de um candidato que não foi a escolha do próprio governador…”, observa um deputado de oposição, lembrando a velha prática do “corpo mole” de outras disputas.

Foto: Google

Na oposição, os nomes colocados como possíveis pré-candidatos são os do prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM). Anderson e Raquel trabalham em conjunto, unindo forças, desde o ano passado percorrendo todo o Estado e revezando-se em eventos e entrevistas. O acordo inicial é o de que o nome mais forte entre os dois será o cabeça da chapa.

Já Miguel seguirá no pleito com o apoio declarado do ex-juiz e ex-ministro presidenciável, Sérgio Moro. Para este sábado, também está agendado um encontro entre Miguel e Raquel, quando se dará o início do debate sobre as estratégias que serão adotadas pela oposição no primeiro turno, e costuras de apoio para um possível segundo turno.

Por Ricardo Antunes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *