“Perdi o celular”: As desculpas esfarrapadas de Anderson Torres no depoimento à PF

Preso, ex-ministro de Bolsonaro é apontado como um dos responsáveis pelos atos terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro

Anderson Torres.Créditos: Tom Costa/MJSP

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e que está preso desde o dia 14 de janeiro, deu desculpas dignas de um estudante que não faz a lição de casa, parecidas com aquela clássica de que “o cachorro comeu”. O bolsonarista prestou depoimento nesta quinta-feira (2) à Polícia Federal e forneceu relatos, no mínimo, suspeitos sobre fatos que envolvem a trama golpista pela qual é acusado.

Ex-delegado da PF, Torres é Investigado por suspeita de omissão e conivência com os atos terroristas cometidos por vândalos bolsonaristas, no dia 8 de janeiro, em Brasília. Naquela data, ele era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e tinha viajado aos EUA.

No dia da prisão, a Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizou uma operação na casa do ex-ministro e encontrou uma minuta de um decreto para instaurar um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e alterar o resultado das eleições de 2022, que apontou vitória legítima do presidente Lula. O documento vem sendo chamado de “minuta golpista” e “minuta do golpe”.

Segundo a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, Torres afirmou em depoimento à PF que “não sabe e não tem ideia” de quem é o autor da minuta encontrada em sua casa e nem mesmo como ela foi parar lá. Ele disse, ainda, acreditar que uma funcionária, ao arrumar sua residência, tenha colocado a pasta com o documento em uma estante.

Outra desculpa esfarrapada de Torres foi sobre seu celular. A PF esperava, ao analisar o aparelho, obter informações importantes para a investigação, mas o ex-ministro alega que o “perdeu” durante sua passagem pelos EUA.

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