Pernambuco à deriva

Por Cláudio Soares*

A paralisação de obras pode ocorrer por vários motivos, como a falta de recursos financeiros, problemas com licitações ou desvios de recursos, atrasos na liberação de verbas federais, entre outros fatores.

Independentemente das causas, a paralisação de obras em Pernambuco vem causando impactos negativos para a população, como o desperdício de recursos públicos, o prejuízo para a economia local e um caos na saúde pública, educação, segurança.

Governar exige articulações políticas, fundamental para governar de forma eficiente e alcançar resultados positivos para a população. Em um sistema político democrático, o poder é distribuído entre diferentes atores e instituições, como partidos políticos, Assembleia Legislativa e representantes municipais, setor empresarial e sociedade civil.

Para a governadora Raquel Lyra conseguir implementar suas políticas e projetos, é preciso estabelecer diálogos e negociações com esses atores, construindo alianças e coalizões que permitam a aprovação de leis e a mobilização de recursos.

Além disso, a articulação também é importante para garantir a participação e o engajamento da sociedade nas decisões do governo e promover uma gestão mais transparente e responsável.

Raquel Lyra precisa ter habilidade de articulação. A impressão que fica é a de que governa o Estado como fosse prefeita de Caruaru. Não sabe que é urgente e necessário estabelecer relações de confiança e cooperação com os diferentes atores políticos e sociais, para não ter dificuldades de governar e implementar suas políticas com eficácia. O Estado está parado. Ela tem que saber articular e enfrentar melhor os desafios para ter chances de sucesso em sua gestão.

Aliás, por que a governadora não escuta Gustavo Krause, político com vasta experiência administrativa?  Krause foi ministro da Fazenda e do Meio Ambiente. Por Pernambuco, foi governador, deputado federal e secretário da Fazenda, além de prefeito e vereador da capital.

Por que Raquel não escuta seu pai João Lyra, que foi governador por Pernambuco? Por que não escuta Armando Monteiro, que a lançou e montou sua estrutura logística de campanha? Armando é administrador, industrial, advogado e político veterano. Foi deputado federal, senador e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Se Raquel Lyra não quer ouvir essa gente, quem estaria ouvindo que não consegue destravar a máquina do Estado?  Há quem diga que Túlio Vilaça e seu marqueteiro político seriam os conselheiros da governadora. Eu me esquivo, sinceramente, de acreditar nisso. Se verdade for, será uma tragédia anunciada e irreparável.

Atender marqueteiros políticos como fonte principal de influência na tomada de decisões pode ser um caminho trágico.

Advogado e jornalista*

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