Principal empresa estatal brasileira, a Petrobras cortou no primeiro de gestão sob o governo Jair Bolsonaro 5,3 mil empregados, equivalente a 8,5% dos 57.983 funcionários da petrolífera. As informações do jornal Valor Econômico.
Desde 2014, quando iniciou o processo de criminalização da empresa pela Lava Jato, a Petrobras já reduziu 22,9 mil postos de trabalho, vivendo um processo de retalhamento para venda, já que tanto no governo Michel Temer, quanto no de Bolsonaro, enfrenta resistência para a privatização no atacado.
O corte do número de empregados se deu, sobretudo, nas controladas e no exterior em razão da política neoliberal de Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobras, que está fazendo toda a participação da empresa em negócios que não seja a extração do petróleo bruto.
Em 2019, a empresa conclui a venda de controladas como a Transportadora Associada de Gás (TAG) e de ativos internacionais, como o negócio de distribuição do Paraguai e a refinaria de Pasadena (EUA).
Ao todo, a estatal fechou 2019 com 46,4 mil funcionários na holding (a controladora), ante os 47,5 mil de 2018, segundo o relatório anual da Petrobras. Nas controladas, o efetivo caiu de 13,9 mil para 10,7 mil trabalhadores entre 2018 e 2019 e, no exterior, o quadro recuou de 1,87 mil para 876 trabalhadores.
Para 2020, a expectativa é que novos cortes sejam feitos, com o avanço dos PDVs. No ano passado, a companhia lançou três programas do tipo: o primeiro voltado para empregados aposentados, o segundo para empregados de áreas em desinvestimento, e por fim, um terceiro voltado para empregados de áreas corporativas.
Dos 3.294 empregados inscritos nesses três programas, 995 deixaram a Petrobras em 2019. Ou seja, ainda há ao menos 2,3 mil inscritos por se desligar.
Em termos de contratação, apenas 288 pessoas ingressaram na estatal no ano passado. A empresa não fez processos de seleção pública e contratou o novo pessoal com base nos concursos dos anos de 2017 e 2018.