Prefeito de Pindobaçu revela dificuldades enfrentadas devido à seca e dívidas herdadas

Marlos André

Grazzielli Brito – Ação Popular

Pindobaçu, Bahia, na região Piemonte Norte do Itapicuru, apesar de estar localizado em uma bacia d’água, está entre os municípios que sofrem com a terrível seca que assola o nordeste brasileiro, principalmente, pela falta de ações eficazes que amenizem os problemas causados pela longa estiagem. O prefeito Marlos André (PT) participou da reunião promovida pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na ultima sexta (15), em que foi apresentado o Projeto Águas do Sertão.

Sobre o município que representa, Marlos falou que como nos demais, é lamentável a situação que atravessa. “Em Pindobaçu, apesar de a gente estar em uma bacia d’água bastante fértil, temos poucas ações que viabilizem a chegada da água nas torneiras dos cidadãos, prejudicando o abastecimento de água no município”.

Em seu papel de chefe do executivo municipal tem procurado ajuda para enfrentar as dificuldades. “Já estive com o governador da Bahia, estive na CERB reivindicando algumas ações. Essa semana a CERB anunciou investimento de 1,3 milhões para melhoramento do abastecimento de água na sede do município. Dessa forma vamos conseguindo atender as necessidades da população, com perfuração de poços e ampliação de rede”, disse Marlos André.

Rebanho dizimado

O município que faz parte da Bacia Leiteira do estado, segundo o prefeito, teve seu rebanho dizimado. “Estamos com poucas unidades de cabeça de vaca e isso representa grande prejuízo. O sertanejo realmente passa dificuldade, temos que buscar solução para que o rebanho retorne à nossa região”.

Crise financeira

Comum em municípios que foram assumidos por prefeitos opositores de seu antecessor, Pindobaçu também lamenta a falta de transição de governo e a herança de dívidas exorbitantes, apesar da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Pegamos uma prefeitura bastante complicada, sem transição de governo, está sendo uma fase difícil. Ficamos de mãos atadas, mas, o que podemos fazer estamos fazendo”, para piorar a saúde financeira do município, Marlos revela que este mês teve uma perda no FPM (fundo de participação do município). “O governo deixou de fazer um repasse fundamental pra gente”.

Os números revelam uma verdadeira crise econômica. “Herdamos uma dívida de mais de 2,5 milhões. Só de INSS tem 400 mil, 730 mil de fornecedores, 98 mil de consignados que não foram repassados, 78 mil de contas de luz e telefone em atraso. Além disso, os funcionários estavam há dois meses sem salário, nem 13º. Isso tudo dificulta a saúde financeira de um município que tem 1,8 milhões em receita”.

Malabarismo administrativo

Para resolver a situação de dificuldade com a seca e com a sua ‘herança maldita’ o atual prefeito precisa fazer um verdadeiro malabarismo. “Primeiro temos que buscar as receitas livres na parte tributaria do município, estamos atuando encima disso. Regularizando as pendências do governo anterior. Tenho tido contribuição nesse sentido e a equipe que trabalha na atual gestão é bastante competente”.

Outra empreitada de Marlos é em relação aos convênios que os ex-gestor deixou sem prestação de contas. “São convênios fundamentais ao município, como na área da educação, ou com a FUNASA, CERB, vários. Nenhum foi prestado conta”.

Ao solucionar os problemas operacionais da prefeitura, o prefeito disse que conta com a credibilidade do órgão, como no caso dos pipeiros. “O governo anterior não honrou os compromissos e ficamos sem carro pipa. Pedi a eles que retomasses o serviço e eles o fizeram em confiança”, finalizou.

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