Prefeito de Uauá baixa decreto acabando com festas folclóricas; oposição reage
Da Redação do AP
O destaque desta semana vem do município de Uauá, na Bahia, quando o prefeito Lindomar Dantas (PCdoB) baixou decreto pegando a população de surpresa proibindo a realização da festa da Padroeira Nossa Senhora das Graça no Distrito de Caldeirão do Almeida, zona rural do município.
Se mostrando desatualizado e com postura autoritária, o gestor fez questão de destacar no decreto que: “Ficam suspensas, até segunda ordem, as festividades do interior do município de Uauá, em virtude da forte crise financeira que atinge os municípios baianos e a crise gerada pelo desabastecimento de combustíveis e produtos básicos, por conta da paralisação dos caminhoneiros, bem como, a limitação dos recursos financeiros para manutenção dos serviços públicos essenciais. “Como se vê, a greve já acabou, os postos estão reabastecidos e o comercio fluindo normalmente na cidade. É inconcebível esta postura do gestor municipal em querer acabar com a nossa tradição cultural que tem dezenas de anos através de uma canetada”, lamentou o vereador Genilson de Zé Gordo (PP).
Eu um outro ponto do texto, o gestor entrou em contradição quando alega não ter recurso em caixa para realização ou patrocínio de atividades culturais, mesmo a população sabendo que a prefeitura está entupida de pessoas contratadas com uns se chocando com os outros nos corredores sem fazer nada, e ainda realizando novas contratações. “Infelizmente este é o quadro administrativo em nosso município onde um gestor destaca em seu decreto: ‘Simples autorização ou permissão para realização de eventos festivos em vias e espaços públicos, no interesse de particulares, mesmo sem o financiamento direto do município, acarretaria aumento nos custos com limpeza urbana, saúde, fiscalização e segurança para os próprios participantes, já que não dispõe do necessário suporte de efetivo policial para garantir a ordem pública’. Quer dizer, o prefeito e seu grupo da mudança acabam com as tradições culturais alegando não ter dinheiro, mas o que não falta é muita grana para eles andarem de carrões, pagar contratos milionários a empresários que prestam péssimo serviço à população”, disparou o vereador Genilson.
“Na administração do ex-prefeito Olímpio Cardoso enfrentamos dificuldades, mas sempre o desejo popular foi respeitado com a realização dos festejos. Na época eu era secretário de infraestrutura e demos o total apoio à população de todas as localidades do interior, mas como filho desta terra continuo ao lado do povo fazendo com que as nossas tradições sejam respeitadas e mantidas”, destacou Moisés Ribeiro.
Veja o decreto do prefeito:
Durante as eleições de 2016, o prefeito Lindomar ganhou nas urnas com uma expressiva votação no distrito de Caldeirão do Almeida. Na época, alguns moradores se debruçaram no meio do sol forte fazendo campanha, mas com o passar dos dias a esperança se transformou em mágoa. Hoje o que se vê são pessoas do bem lutando contra o mal. “Não consigo entender o mal que este povo fez ao gestor por perseguir e maltratar tanto assim, até o operador do poço artesiano foi retirado. Outro problema grave é com relação a programação do São João por parte da prefeitura que ainda não divulgou a programação, enquanto isso, em outros municípios do país a grade já foi destacada em toda a imprensa, sendo em que alguns municípios as festividades já começaram. Aqui não, o que se vê é um grupo de incompetentes destruindo as nossas principais atividades folclóricas, e ainda possibilitando a não realização do nosso São João”, ressaltou Genilson.
Preocupados com a situação, o vereador Genilson de Zé Gordo e Moisés Ribeiro decidiram atender ao pedido de moradores para que o festejo seja realizado. A programação já está sendo veiculada em redes sociais. Veja abaixo:
Mais complicações
No distrito do Caratacá, a professora Maricélia de Morais postou em sua rede social texto se queixando da possível não realização dos festejos na localidade.
Veja: