Primeira negra a vencer o ‘Supermodel’ fala de preconceito e Taís Araújo: ‘Deusa’

Ana Flávia Santos sonha virar uma das angels da Victoria’s Secret

POR GILBERTO JÚNIOR

Ana Flávia Santos: a primeira negra a vencer o Supermodel of the World 

A baiana Ana Flávia Santos fez história. Aos 20, ela acaba de se tornar a primeira negra a vencer a etapa brasileira do Supermodel of the World, concurso que revelou Adriana Lima, Mariana Weickert e Evandro Soldati, por exemplo. A notícia repercutiu nas redes sociais.

“Senhoras e senhores, com vocês, Ana Flávia, a primeira mulher negra a vencer o concurso Ford Models Brasil”, escreveu Taís Araújo no Instagram. “Depois de 24 anos (o Supermodel existe desde 1992), uma negra alcança este patamar e ganha contrato e projeção na mão da maior agência de modelos do Brasil. Que orgulho, sabia? Ela é linda, competente e merecedora desta conquista”, comentou a jogadora de vôlei Fabiana Claudino.

— Acreditei desde o começo que tinha chances, assim como as outras garotas. Espero abrir portas para mais meninas, que não correm atrás achando que não teriam oportunidade pela cor da pele. Quero passar uma mensagem de representatividade — diz Flávia, que tem Taís Araújo como espelho. — Fiquei muito feliz com o que ela escreveu sobre mim na internet. Ela é uma inspiração, uma deusa, musa… Espero conhecê-la para lhe dar aquele abraço. Também gosto muito da Naomi Campbell: negra e maravilhosa.

Ana Flávia Santos: a primeira negra a vencer o Supermodel of the World 

Ela, que já assinou contrato com a Ford, sonha desfilar para marcas como Chanel, Prada e Louis Vuitton.

— E quem sabe virar uma das angels da Victoria’s Secret? — aponta a modelo, descoberta em fevereiro durante um treinamento num shopping em Salvador. — Estava sendo treinada para trabalhar numa loja de óculos. Mas conheci uma pessoa que me ajudou.

Com 1,78m, Ana Flávia Santos lembra que sofria bullying no colégio por ser magra e alta:

— Eram os mesmos apelidos que colocavam na Gisele Bündchen. Me chamavam de girafa e varapau. De um ano e meio para cá, deixei de alisar os cabelos e passei a ser olhada meio torto.

Para 2017, ela já tem opção de trabalho em Milão.

 

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