Por André Beltrão
Indiciada por “abandono de incapaz” , crime que pode dar de 4 a 12 anos de prisão, a primeira dama de Tamandaré Sarí Côrte Real, negou mais de 15 pedidos de entrevistas a sites, blogs e jornais pernambucanos. No entanto, ela falou à Rede Globo, nesta terça-feira (30).
Na entrevista, que será transmitida pela primeira vez essa noite (05), no Fantástico, Sarí dá sua versão do caso que vitimou o menino Miguel, morto ao cair do edifício onde sua mãe Mirtes trabalhava como doméstica. Tanto Mirtes quanto a avó de Miguel recebiam seus salários da prefeitura de Tamandaré, cujo prefeito é marido de Sarí, Sérgio Hacker (PSB), e que comanda com “mão de ferro” o município.
É mais que óbvio que Sarí Corte Real pode conceder entrevista a quem quiser, mas ao privilegiar o Fantástico ao invés das dezenas de jornalistas que estão cobrindo o fato, ela pode angariar mais ainda a antipatia da população.
O correto nesse caso seria uma coletiva com toda imprensa local, já que ela, até hoje, se manteve fria e distante do ocorrido, chegando até mesmo a dizer na frente de Mirtes, mãe de Miguel, que não havia apertado botão algum. O que para o caso, não tem a menor importância, já que ela assumiu o risco quando deixou uma criança de apenas 5 anos sozinha em um elevador, enquanto fazia as unhas com sua manicure.
É isso.