Se “democratizar”, a reforma da previdência não sai do papel

O povo jamais de mobilizará para elevar a idade mínima de aposentadoria para os 65 anos de idade

Inclinado a votar contra o projeto de reforma previdenciária que o presidente Michel Temer enviou ao Congresso, o deputado Danilo Cabral (PSB) tem declarado que uma das exigências feitas pelo seu partido para apoiar a reeleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara Federal foi que ele submetesse essa matéria a um amplo debate na sociedade. Nada contra que um projeto dessa magnitude, que mexe com a vida de milhões de brasileiros, seja efetivamente discutido com a população. Mas há de se convir também que se o Congresso for perguntar ao povo se ele deseja mudanças em nosso sistema previdenciário, a resposta será “não”. O povo jamais se mobilizará pelo aumento da idade para aposentadoria (65 anos para homem e mulher) e muito menos em favor da tese de que terá que contribuir durante 49 anos para ter direito à aposentadoria integral. Ou se conduz esse processo sem que o povo seja o seu protagonista ou a reforma não sairá do papel.

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