Suspensão do X é questão de soberania e de respeito à legislação brasileira, avaliam ministros do STF

Para os ministros, a medida de bloquear uma rede social deve ser evitada sempre que possível, mas Elon Musk não deixou outra alternativa

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a medida de bloquear uma rede social, como ocorreu com o X, antigo Twitter, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, deve ser evitada sempre que possível. No entanto, Elon Musk, proprietário da plataforma em questão, teria deixado o tribunal sem alternativas ao descumprir reiteradamente decisões judiciais e recusar a nomeação de um representante legal no Brasil, o que é exigido pela legislação brasileira, disseram magistrados a Valdo Cruz, do g1.

Os ministros entendem os questionamentos sobre o impacto da decisão na liberdade de expressão, mas a avaliação quase unânime é de que o bloqueio foi necessário para garantir a soberania e o cumprimento das leis nacionais. Ministros argumentam que a postura de Musk foi deliberada e politicamente motivada, o que levou ao agravamento da situação.

Nesta segunda-feira (2), a questão ganhou um novo capítulo quando a Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, incluindo Alexandre de Moraes, responsável pela decisão original de bloqueio, revisou a medida. Por unanimidade, o colegiado decidiu por manter a suspensão.

A rápida submissão da decisão monocrática ao plenário da Primeira Turma era vista como essencial para demonstrar que a ação tinha o respaldo de outros ministros e não se tratava de uma postura isolada.

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