Trabalhadores do Mercado do Produtor de Juazeiro fazem manifestação contra cobranças de taxas abusivas

 

Redação

Os carristas do Mercado do Produtor, em Juazeiro, saíram ruas da cidade nesta segunda-feira (08) para protestar contra as cobranças de taxas abusivas por parte da direção do entreposto. Assim que chegaram na frente do Paço Municipal houve uma grande manifestação, e uma comissão foi formada para conversar com a administração municipal.

Mas na parte externa, o movimento continuava por parte dos trabalhadores. A reportagem do AP esteve no local quando ouviu alguns trabalhadores que se queixaram, também de outros problemas.

Lucas dos Santos Pereira

Há 11 anos trabalhando com seu carrinho transportando mercadorias, a pessoas de Lucas dos Santos Pereira afirmou que a direção do entreposto tem abusado da categoria criando taxas. “Está criando taxas que não existe. Se paga R$ 52 mensal para adquirir uma placa, ficando em R$ 620,00 no mês, valor mais alto do que o emplacamento de uma carro, sendo que todas as vezes que reclamamos existe represálias com ameaças de não deixar a gente trabalhar. Até neste movimento estamos sendo observados por pessoas ligadas à direção”, denunciou.

“O mercado está da seguinte forma: se não pagar, não trabalha. Um de nossos colegas foi reclamar, levou uma cacetada nas costas de um guarda, que ainda achando pouco perguntou se ele tinha achado ruim”, denunciou Lucas.

Há meses o juiz da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Juazeiro, José Góes determinou a suspensão da cobrança de taxas para veículos que adentrem o mercado, mas segundo o carrista Lucas dos Santos, esta determinação não está sendo cumprida. “Continuam cobrando as taxas. Já no nosso caso temos que dividir o valor do frete com eles. A direção ainda diz quem estiver achando ruim que caia fora.

Carteira de Habilitação de carrista

Hoje são mais de 1800 carregadores e pessoas que trabalham transportando mercadorias nos carrinhos, sendo que todas elas pagam taxas no valor de R$ 52,00. “Não é por brincadeira que antes os diretores rodavam no veículo de marca Celta e hoje estão de Saveiro Cross, moto Bross. De uma só vez durante a semana santa foi arrecadado mais de R$ 80 mil. Este problema tem que ser levado ao conhecimento do Ministério Público para que providências sejam tomadas. Até uma carteirinha de habilitação para carrinho cobram o valor de R$ 80,00. Nós ainda pagamos R$ 120,00 por um curso fantasma,  é tanta coisa que eles cobram que nós esquecemos.”

Outro permissionário que se mostrou chateado foi Anacleto Ferreira dos Santos com 28 anos de casa. “O meu carrinho foi roubado dentro do mercado, próximo a área das bananas, e quando cheguei na segunda-feira  pela manhã estava o lugar mais limpo do mundo. Depois fui obrigado a comprar outro fiado que até hoje ainda continuo pagando. O dinheiro que pagamos pela segurança não existe”.

Até o fechamento desta matéria, a redação não foi informada sobre o resultado da reunião.

Com a palavra a direção da AMA.

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