Os deputados Ivan Valente (PSOL-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Carlos Zarattini (PT-SP) começaram a colher assinaturas na Câmara Federal, nesta quarta-feira (22), para instalação da “CPI da Carne”.
É uma bela maneira de contribuir para manter a Operação “Carne fraca” em evidência, fazendo com os nossos produtos de origem animal não sejam mais comprados por países da Europa, Ásia e América do Sul.
Ivan Valente esteve no Recife na última sexta-feira para prestigiar a filiação ao PSOL do ex-deputado Paulo Rubem Santiago (ex-PDT).
O deputado Danilo Cabral, do PSB de Pernambuco, é uma dos signatários da CPI e deu as seguintes explicações sobre sua adesão.
“Esta CPI é uma oportunidade para que se esclareça à população o que realmente aconteceu neste episódio e quais os mecanismos que devem ser aprimorados”.
Frisou que este setor é estratégico para o Brasil porque só de carnes em 2016 foram exportados US$ 13,49 bilhões para 173 países, o equivalente a 7,3% de tudo que o país exportou naquele período.
Por sua vez, dados apresentados nesta quarta-feira pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, comprovam o prejuízo que a Operação “Carne fraca” já causou ao Brasil nos últimos cinco dias.
Segundo ele, as exportações de carne caíram de US$ 63 milhões na última terça-feira (21) para apenas US$ 74 mil.
“A gente não sabe ainda o tamanho da pancada que vai levar”, disse o ministro aos colegas senadores.
Também em Brasília, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, Maurício Porto, garantiu que há um déficit de 850 profissionais no âmbito do Ministério da Agricultura.