“Vou ficar do lado do partido”, declara Fernando Bezerra sobre impasse entre PSB e governo federal

Fernando Bezerra Coelho

Grazzielli Brito – Ação Popular

Mais uma vez o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), enfrentou uma sabatina na Rádio Jornal. O ministro encarou o apresentador Geraldo Freire que estava acompanhado da jornalista Ângela Belfort e Francis Maia, de Serra Talhada.

No debate foram abordadas as obras federais para convivência com a seca. Neste tema o repórter Francis Maia falou com propriedade, parafraseando Geraldo Vandré disse: “Eu venho lá do sertão e prepare seu coração pras coisas que eu vou falar”, dirigiu-se ao ministro.

“Apesar das medidas do governo federal, elas não têm sido suficiente. Atualmente não existem mais invasões de feira, essas coisas que aconteceram no passado, o cartão bolsa família é o socorro, para as necessidades mínimas da população. Mas, por outro lado, não temos nem pastagem para o animal, coisa que antigamente não acontecia. Para isso o governo federal envia milho, verdade, mas a Conab precisa desburocratizar a distribuição. Venho de coração partido representar o homem do sertão”, declarou Francis.

O ministro atribuiu a deficiência na distribuição dos grãos à fragilidade do nordeste em armazenamento. “Não temos locais para armazenar. O governo envia agora 47 mil toneladas para Pernambuco, mas são apenas 8 pontos no estado todo. Deveríamos ter rede de distribuição maior e mais eficiente”, concordou Fernando. “A falta de alimentação para o animal é devido à deficiência dos recursos hídricos na região, bem como todo o problema enfrentado pelo nordestino durante o fenômeno da seca”, afirmou Ângela.

O ponto alto de debate, a questão política do ministro, ficou para o final e não houve tempo para a discussão. Uma vez que, o partido do ministro, o PSB, tende a romper com o governo federal e lançar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como candidato à presidência, todos querem saber qual será o posicionamento de Fernando.

Sobre isso ele declarou rapidamente: “Sou ministro por indicação do meu partido, sou leal a Dilma porque foi ela quem me nomeou. Até então, meu partido se mostra, de maneira clara, disposto a apoiar Dilma. Mas, o Brasil acompanha que Eduardo se mobiliza para um projeto de candidatura à presidência. Vamos trabalhar para, sendo possível, manter essa aliança PT e PSB. Mas, é evidente que tendo que se fazer uma escolha, vou ficar do lado do partido”, finalizou.

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