1856 – Tem início a Segunda Guerra do Ópio
A Segunda Guerra do Ópio, conflito armado entre Reino Unido e França contra a dinastia Qing, da China, tem início em 8 de outubro de 1856.
Num esforço para expandir seus territórios na China, o Reino Unido pediu às autoridades Qing renegociar, em 1854, o Tratado de Nanquim Osm, para exercer o livre comércio em toda a China, legalizar a venda do ópio, suprimir a pirataria, regular o tráfego de trabalhadores semiescravos e permitir ao embaixador britânico residir em Pequim.
A guerra que se instalou pode ser vista como continuação da Primeira Guerra do Ópio (1839-1842). Em 8 de outubro de 1856, oficiais dos Qing abordaram o Arrow, navio chinês registrado em Hong Kong, na posse dos britânicos, suspeito de pirataria e contrabando. Doze chineses foram presos. Oficiais britânicos em Cantão pediram a libertação dos navegantes afirmando que o navio estava protegido pelo Tratado de Nanquim.
Insistiram que os soldados de Qing haviam insultado sua bandeira. Estando em guerra com os insurgentes da Rebelião Taiping, os Qing não tinham condições de resistir a um ataque das forças ocidentais.
Wikicommons
Ilustração em periódico britânico no ano de 1858 sobre a guerra
Apesar de estar às voltas com a Rebelião da Índia, os britânicos responderam ao incidente do Arrow em 1857, atacando Guangzhou a partir do rio da Pérolas.
França, Estados Unidos e Rússia receberam convites para aderir ao Reino Unido. Paris se juntou à ação britânica contra a China, provocada pela execução do missionário padre Auguste Chapdelaine na provincia de Guangxi. Os outros dois países mantiveram-se à margem.
A armada britânica, comandada por lorde Elgin, e a francesa, do almirante Gros, ocuparam Guangzhou no final de 1857. Formou-se um comitê e o governador da província, Bo-gui, permaneceu em seu posto a fim de “manter a ordem” em nome dos invasores.
A coalizão se dirigiu para o norte a fim de tomar os fortes de Taku, em maio de 1858. Em junho, a primeira parte da guerra concluiu-se com o Tratado de Tianjin, firmado também por Rússia e Estados Unidos, que junto com Reino Unido e França teriam direito de instalar legações diplomáticas em Pequim. Além disso, dez novos portos seriam abertos ao comércio internacional, todos os navios estrangeiros passariam a ter direito de navegar pelo rio Amarelo, entre outras condições.
Em 26 de setembro de 1860, uma força anglo-francesa chegou a Pequim, tomando a cidade em 6 de outubro. O imperador Xianfeng nomeou seu irmão e fugiu para o Palácio de Verão, situado em Chengde. As tropas incendiaram o palácio e o Antigo Palácio de Verão após vários dias de saque, destruindo-o totalmente.
O Tratado de Tianjin foi estendido e ratificado pelo irmão do imperador, príncipe Gong, na Convenção de Pequim de 18 de outubro de 1860, enquanto as potências ocidentais ocupavam Pequim e era incendiado o Antigo Palácio de Verão. Assim terminou a Segunda Guerra do Ópio.
Fonte: Ópera Mundi