1938 – Na ‘noite dos cristais’ nazistas atacam judeus na Alemanha

 

Episódio foi marcado por destruição de lojas de comerciantes judeus


Ainda em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas e foi decretada a expropriação compulsória de todas as lojas, indústrias e estabelecimentos comerciais pertencentes a judeus. Em 1º de janeiro de 1939, foi adicionado obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens e Sarah para mulheres.

A proporção da brutalidade em 9 de novembro foi indescritível. Hermann Göring, membro do alto escalão nazista, lamentou “as grandes perdas materiais” do dia, afirmando: “Preferia que tivessem assassinado 200 judeus em vez de destruir tantos objetos de valor!”

Em 9 de novembro de 1938 agentes nazistas à paisana assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração.

O ataque ficou conhecido como a “noite dos cristais quebrados” e marcou o início do Holocausto, que causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda Guerra Mundial.

Wikicommons

Interior da sinagoga de Berlim, totalmente destruída durante a noite dos cristais

A justificativa para a “Noite dos Cristais” (Kristallnacht ou Reichspogromnacht foi o assassinato do então diplomata alemão em Paris, Ernst von Rath, pelo jovem Herschel Grynszpan, de 17 anos, dois dias antes.

A perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia começado em abril de 1933, com a convocação aos cidadãos a boicotarem estabelecimentos pertencentes a judeus. Mais tarde, foram proibidos de frequentar estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.

No outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus, apontados como “inimigos dos alemães”, havia atingido outro ponto alto com a chamada “Legislação Racista de Nurembergue”. Enquanto o resto do mundo parecia não levar o genocídio a sério, Hitler via confirmada sua política de limpeza étnica. Uma lei de 15 de novembro de 1935 havia proibido os casamentos e condenado as relações extraconjugais entre judeus e não-judeus. Havia ainda a proibição de que não-judeus fizessem serviços domésticos para famílias judaicas e que um judeu hasteasse a bandeira nazista.

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