3 de abril de 1948: Truman inicia o Plano Marshall para frear a onda revolucionária na Europa

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Em 3 de abril de 1948 o presidente dos EUA, Harry Truman, ratificou o que ficou conhecido como “Plano Marshall ” em referência ao general da Segunda Guerra Mundial George Marshall e que também era secretário de Estado na época da elaboração do plano. Ao todo foram emprestados aos países europeus, a exceção dos países sob influência da União Soviética, cerca de 12 bilhões de dólares com a cotação da época.

Mais importante do que qualquer ajuda econômica que o plano possa ter tido, o objetivo principal era conter a onda revolucionária dos trabalhadores, que derrotou o fascismo e se encaminhava para a tomada do poder por toda a Europa. De fato, essa ajuda manteve os países sob influência econômica e política dos EUA, ao emitir empréstimos aos governos europeus para que colocassem a economia para funcionar e assim diminuir a crise, freando o impulso revolucionário.

O plano acelerou algo que já estava acontecendo desde o final da Segunda Guerra, no final das contas a ajuda oferecida funcionou mais como um cabresto em que os países destruídos pela guerra ficaram vinculados.

Além disso o empréstimo concedido voltou aos cofres americanos na forma da compra dos seus produtos, ou seja, o dinheiro voltou para dentro dos EUA e com juros.

Foi nessa época e por influência do plano que se começou a discutir a união dos países europeus, dando origem ao que é hoje a União Européia. Essa união tinha como objetivo oficial evitar novas guerras e servir como muro de contenção ao comunismo que se alastrava rapidamente pela Europa no período pós-guerra, uma vez que o fascismo foi derrotado graças à mobilização revolucionária da classe operária em muitos países do continente, desde o Leste Europeu até França e Itália. Na maioria dos países da Europa Oriental, o stalinismo tomou conta das mobilizações, sendo obrigado a estabelecer a ditadura do proletariado mas conseguindo manter a classe trabalhadora sob o controle da burocracia, enquanto que nos países imperialistas os partidos comunistas ligados a Moscou se aliaram à burguesia para acabar com a Revolução.

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