Ruy Castro expressa em artigo o desejo da maioria dos brasileiros para 2022: Bolsonaro na cadeia

“A ideia de Bolsonaro atrás das grades, é deliciosa demais para ser posta de lado”, escreve o jornalista

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Ruy Castro e Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

“Dentro de algumas horas, a televisão começará a nos bombardear com a manchete: ‘Já é 2022 na Austrália!’. E tome de fogos naquela ponte. A Austrália está 12 horas à nossa frente, donde tudo lá acontece primeiro, e não apenas arremesso de bumerangue e corrida de canguru. A tal ponto que, quando uma coisa está para acontecer aqui, dizemos que na Austrália ela já aconteceu”, escreve o jornalista Ruy Castro, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.

“Há gente prevendo, por exemplo, que Jair Bolsonaro será preso em 2022. Pois, quando acontecer, ele já terá sido preso na Austrália 12 horas antes”, acrescenta.

“Eu sei, isso é nonsense, mas não impede que tal pensamento nos ajude a virar o ano. A ideia de Bolsonaro atrás das grades, de uniforme listrado, rosnando para as paredes e com um buraco na cela como privada é deliciosa demais para ser posta de lado. Parodiando Nelson Rodrigues, o ideal seria amarrá-lo a um pé de mesa e dar-lhe de beber numa cuia de queijo Palmyra. E, tendo para se distrair, só os programas da Jovem Pan e do SBT. Seu advogado particular, o ex-procurador-geral da República Augusto Aras, tentaria livrá-lo —mas sem se esforçar muito, porque, caroneado para o STF, Aras no fundo quer que Bolsonaro se dane”, diz ele.

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