Segundo o Uol, Emma, de 31 anos, foi indiciada por mais de 50 crimes, entre os quais extorsão, injúrias e ataques a religiões de matriz afrodescendente, mas o Ministério Público acatou 40 dessas acusações. As investigações, que se iniciaram em junho, envolveram 14 escrivães da PCMG e a coleta de depoimentos de 24 vítimas e testemunhas. A influenciadora utilizava suas redes sociais para extorquir dinheiro, caluniar e difamar, expondo suas vítimas a ataques públicos que causaram danos psicológicos e financeiros.
Apesar de residir nos Estados Unidos, Emma foi localizada no Brasil, onde seu mandado de prisão foi executado após seu retorno ao país. Durante a investigação, a polícia identificou que a influenciadora mantinha múltiplos perfis em redes sociais, sendo que cinco deles foram removidos por determinação judicial. Mesmo com a derrubada das contas, ela continuava a realizar ataques virtuais, criando novos perfis.
A PCMG também está investigando possíveis cúmplices que teriam ajudado Emma a obter informações para suas ofensas. Segundo o delegado Wesley Amaral, responsável pela investigação, “a prática da extorsão não exige necessariamente a entrega do dinheiro; basta a exigência para que o crime se aperfeiçoe”, disse em entrevista ao portal Uol.
Ele ainda destacou que as penas somadas para os crimes cometidos por Emma podem ultrapassar 30 anos, devido à gravidade das ações.
A prisão foi possibilitada após um alerta vermelho emitido pela Interpol em novembro, que visava impedir a fuga de Emma para outros países. Durante a abordagem da PRF, ela foi identificada em um veículo registrado em seu nome, e estava acompanhada por outra pessoa. Agora, com a prisão preventiva confirmada e a denúncia aceita pela Justiça, o caso avança para a fase processual.
Nas redes sociais, Emma costumava exibir uma vida de luxo, com publicações em cenários de carros, lanchas e mansões. Em um de seus perfis, a influenciadora publicou uma mensagem em que se manifestava sobre o alerta da Interpol, negando as acusações e chamando os envolvidos de “mentirosos” e “caluniadores”.