Comandante da PM pede que população denuncie “pedágio” em comércios

Crime tem sido cada vez mais comum em bairros dominados por facções

Da Redação

 

Pixo de facção no Complexo de Amaralina, em Salvador
Pixo de facção no Complexo de Amaralina, em Salvador – 

O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Coronel Coutinho, pediu ajuda à população para que denuncie as cobranças de “pedágios” cobradas por traficantes a comerciantes do Estado. Em linhas gerais, os criminosos ameaçam os lojistas e trabalhadores a pagar uma taxa mensal para que seus estabelecimentos não sejam alvos de crimes. Há até mesmo casos em que a falta de pagamento se torna motivo para assassinatos.

“Segurança Pública é um deve do Estado, mas responsabilidade de todos. A gente pede encarecidamente a participação popular no sentido de que emita denúncias em crimes dessa natureza. Está sendo uma prática em nosso país, infelizmente, e nós estamos aqui combatendo com constância em Salvador. Já tivemos algumas prisões e situação mais graves em que o marginal foi a óbito. Mas estamos deixando bem claro que em situações dessa natureza, a Polícia Militar estará presente para salvaguardar o estabelecimento e evitar que se consume uma ameaça dessa natureza. Confie na Polícia Militar, nós existimos para servir vocês como cidadãos”, falou Coutinho.

A prática tem sido cada vez mais comum em Salvador, principalmente nos bairros que contam com forte presença de organizações criminosas. Em 2023, alguns casos da cobrança da tarifa pelos criminosos ganharam notoriedade. Um comerciante de 68 anos foi assassinado em agosto, na localidade da Baixa do Tubo.

Em janeiro, o A TARDE noticiou que moradores e comerciantes da Lagoa da Paixão, em Valéria, Bosque das Bromélias, no Jardim das Margaridas, e da Fazenda Grande II, em Cajazeiras, foram surpreendidos com um comunicado escrito por traficantes que anunciaram a cobrança de taxa. Os criminosos exigiram R$ 200,00 por apartamento e R$ 500,00 por estabelecimento comercial.

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