A defesa do 2º sargento da Polícia Militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, que foi preso por matar a tiros o mototaxista Thiago Fernandes Bezerra, de 23, em Camaragibe, no Grande Recife, divulgou nota, nesta terça-feira (3), para expressar “condolências aos familiares da vítima”.
O PM recebe assistência jurídica da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados (ACS). No comunicado, enviado ao Diario de Pernambuco, o advogado Jethro Ferreira também afirma que vai buscar “um julgamento justo” para o policial.
“A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados – ACS, ao tempo em que lamenta o ocorrido e expressa condolências aos familiares da vítima, informa que está prestando assistência jurídica ao PM associado, para que o mesmo tenha um julgamento justo, observados o contraditório e a ampla defesa, constitucionalmente assegurada”, diz a nota.
O sargento Venilson deve responder por homicídio qualificado e teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) na segunda-feira (2).
O policial atirou em Thiago durante uma discussão rápida, em via pública, após uma corrida de moto realizada no domingo (1º). A desavença teria começado depois de o PM se recusar a pagar R$ 7 pelo serviço de transporte. A vítima morreu no local.
Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato. Pelas imagens, é possível ver o momento em que Venilson desce da moto, saca a arma e atira contra a vítima. Antes de ser baleado, Thiago chega a abrir os braços como se contestasse a reação do policial.
Em seguida, o sargento tentou fugir em um ônibus, mas foi alcançado por populares e acabou espancado. Com sangramentos no couro cabeludo e suspeita de traumatismo craniano, ele foi detido por colegas de farda, posto em um viatura e levado até o hospital.
O exame médico, no entanto, atestou que Venância não sofreu fraturas no rosto. A arma do crime, um revólver calibre 38, também foi apreendida.
O caso comoveu a população. Thiago foi enterrado na segunda, sob comoção e protestos.