Câmara pensou menos nele e mais no Brasil

O governador Paulo Câmara pensou mais no Brasil e menos nele quando subscreveu uma carta de solidariedade à presidente Dilma, ora ameaçada de perda do mandato por um processo de impeachment. É cômodo para deputados do PSB defenderem o impedimento da presidente porque ficam em sintonia com o sentimento majoritário do povo brasileiro. Mas para um governador de estado, não. Todo mundo sabe que a presidente está impopular e talvez não reúna mais condições políticas para refazer o seu governo e recolocar o país nos trilhos. Todavia, como diz a carta subscrita por 16 dos 27 governadores, impeachment só deve ser utilizado em casos gravíssimos e quando não restarem dúvidas sobre a conduta dolosa do governante na prática do crime de responsabilidade. Câmara não se convenceu da culpa de Dilma no episódio das “pedaladas” e num ato de responsabilidade política saiu em defesa do mandato dela.

O governador Paulo Câmara agiu com responsabilidade política ao se negar a dar apoio ao impeachment de Dilma. (Inaldo Sampaio)

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