Globo compra direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos até 2032
O ginasta Arthur Zanetti com medalha de ouro conquistada nos jogos de Londres, em 2012
Depois de ter sido surpreendida pela Record e de ficar sem exibir os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a Globo resolveu não correr riscos. A emissora assinou hoje com o COI (Comitê Olímpico Internacional) a aquisição dos direitos de transmissão no Brasil das Olimpíadas até 2032. O acordo inclui os Jogos de 2020, a serem disputados em Tóquio, e também os de 2024, 2028 e 2032, ainda sem sedes definidas. A Olimpíada de 2016, no Rio, foi comprada em 2009 e também será exibida por Band e Record.
É o mais longo acordo por direitos já negociado pela Globo. O contrato da Globo com o COI não prevê exclusividade em TV aberta. Isso quer dizer que a Record, por exemplo, poderá negociar diretamente com a entidade. Já os direitos para TV por assinatura, internet e telefone celular são exclusivos do Grupo Globo. Em outras palavras, ESPN e Fox, para transmitirem esses eventos, terão que comprar licenças da Globo.
A negociação também envolve os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang (Coreia do Sul), em 2018, e de Pequim (China), em 2022.
Com o acordo, a Globo é a segunda rede de TV do mundo a assegurar os Jogos Olímpicos até 2032. A primeira emissora a fazer esse tipo de acordo foi a norte-americana NBC, em maio passado. A parceria foi selada nesta quinta-feira (10) em Lausane, na Suíça, onde fica o COI. A Globo foi representada por Pedro Garcia, novo executivo responsável pelas aquisições de direitos esportivos. Valores não foram divulgados.
Em nota à imprensa distribuída pela Globo, Thomas Koch, presidente do COI, afirmou que o “acordo de longo prazo demonstra a confiança que temos neles como a maior organização de mídia do Brasil”. Segundo o executivo, o Grupo Globo também se comprometeu a “promover durante todo o ano o esporte e os valores olímpicos, o que contribuirá para assegurar um legado positivo a longo prazo dos Jogos Olímpicos” de 2016.