Por Marcelo Montanini

Ex-prefeito João Paulo disse que o PSB era próximo ao PT e agora apoia “o golpe”(Foto: Bruno Campos/Folha de Pernambuco)

Na manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) desta quarta-feira (16) no Recife sobrou até para o PSB, que, apesar de o partido ainda não divulgar a posição em relação ao processo de destituição da presidente, os políticos do partido posicionam-se próximo à oposição. Possível candidato à Prefeitura do Recife, o superintendente da Sudene, João Paulo (PT), avaliou a postura de antigos aliados petistas.

“O que me estranha são setores que estavam perto da gente se aproximar do golpe, como o PSB”, afirmou o petista, durante o percurso da manifestação.

Em discurso em frente ao monumento Tortura Nunca Mais, a vereadora Marília Arraes (PSB) lembrou o aniversário de 99 anos do avô,o ex-governador Miguel Arraes, nesta terça-feira (15), e criticou o PSB.

Presente no ato, a vereadora Marília Arraes não poupou critica aos correligionários (Foto: Bruno Campos/Folha de Pernambuco)

“Hoje vemos um partido [o PSB] em que ele [Arraes] dedicou 15 anos de sua vida, chafurdar na lama do apoio ao golpe em curso no Brasil”, declarou a socialista, de cima do trio-elétrico.

Os manifestantes saíram da Praça Oswaldo Cruz, onde localiza-se o Sindicato dos Jornalistas, até o monumento Tortura Nunca Mais, passando pela avenida Conde da Boa Vista, ambos no bairro da Boa Vista. Os pontos de partida e saída possuem uma simbologia na luta contra o suposto golpe perpetrado por Cunha. O primeiro sofreu ataques durante a ditadura militar, enquanto o segundo é um monumento em homenagem às vítimas da ditadura.

Segundo a Polícia Militar, quatro mil pessoas participaram do ato, já, segundo a Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), 30 mil.