Deputada denuncia ‘caos’ na saúde de Pernambuco
A deputada Terezinha (PSDB) chamou atenção, nesta terça-feira (20), no plenário da Assembleia Legislativa, para os problemas do sistema de saúde pública em Pernambuco. A parlamentar disse que chovem denúncias de mau atendimento nos hospitais e UPAs, principalmente nos finais de semana, onde sobram dramas e escasseiam soluções.
Terezinha pontuou problemas crônicos no sistema, como déficit de vagas nos hospitais, sobrecarga de atendimento nas emergências, falta de equipamentos, ambulâncias, entre outros.
“Todos os dias a imprensa e as redes sociais mostram denúncias e queixas dos usuários que buscam atendimento nas unidades médicas do estado, enquanto o governo mostra que tem construído UPAs, já são 14, e 8 hospitais, num conjunto de 32, em todo estado. Uma equação que não bate com a propaganda governamental de que tudo é uma maravilha”, argumenta.
Para a deputada não basta fazer investimento em prédios, mas precisa também cuidar dos recursos humanos, com contratação de mais médicos, enfermeiros e pessoal de atendimento capacitado, além de equipamentos e medicamentos. A falta desse conjunto tem trazido problemas para quem busca assistência médica.
Ela citou o caso do jovem Anderson José de Souza Martins, de 24 anos, que durante três, ficou sentado em uma cadeira no Hospital Getúlio Vargas, e faleceu, segundo a família, vítima de mau atendimento.
“Não podemos ficar de braços cruzados, assistindo pessoas morrendo nos hospitais, por falta de atendimento adequado, já enviei ofício ao governador solicitando providências, e vou levar o caso ao Ministério Público, ao Cremepe e ao Sindicato dos Médicos para que seja analisado e esclarecido”.
Ainda para a deputada, o que preocupa é que não é um caso pontual. Ela destacou que em outra ocasião, apresentou na tribuna da Alepe, o drama de uma mãe, dona Edilma Bandeira, para socorrer seu filho, de 23 anos, durante o feriadão do São João. Ela buscou ajuda nas emergências de quatro hospitais públicos. Foram 17 horas de sofrimento, enfrentando uma via crúcis para salvar o filho. Sem êxito, recorreu a um hospital público, onde o rapaz foi atendido adequadamente e recebeu alta sem mais problemas.
“No final de semana também acompanhei o desabafo, feito pela rede social, do jovem Rodolfo Albuquerque, que levou pai dele para a UPA de Igarassu, para fazer uma simples nebulização e tomar medicamentos, e teve que esperar mais de cinco horas”, mostrou Terezinha, afirmando que quadro da saúde pública está materializado nos hospitais, com macas espalhadas pelos corredores, pacientes esperando atendimento deitados no chão, emergências lotadas e sem infraestrutura adequada.
Informações de Jamildo Melo/JC