MP vai investigar caso do idoso que morreu após demora no atendimento
A morte do jardineiro e segurança Orlando Francisco Rodrigues da Silva, 70 anos, será investigada pelo Ministério Público. Ontem, o procurador-geral de Justiça Eduardo de Lima Veiga encaminhou cópias das imagens e da reportagem às promotorias Criminal e de Defesa dos Direitos Humanos para avaliação e abertura de inquérito civil público.
Orlando morreu às 11h de terça-feira após aguardar vários minutos por socorro especializado no Centro da Capital. Na matéria, veiculada pela RBS-TV e reproduzida na abertura do Jornal Nacional, o repórter Manoel Soares solicita uma ambulância do Samu, mas o médico responde de forma ríspida que não havia ambulância disponível naquele momento.
O idoso foi levado ao HPS numa viatura do 9ºBPM, mas não resistiu e morreu seis minutos depois de entrar no hospital. A causa do óbito foi parada cardiorrespiratória em decorrência de complicações causadas por um carcinoma (câncer) na região pélvica.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, o secretário da Saúde Carlos Casartelli afirmou que ainda aguarda a planilha de três ambulâncias da Samu para saber se os 15 veículos de socorro da Capital estavam ocupados na manhã de terça-feira.
Orlando Francisco Rodrigues da Silva, 70 anos, sofreu mal súbito no terminal de ônibus Parobé e não foi socorrido porque, segundo a alegação, não havia ambulância disponível. Em vez de pedir informações ao repórter Manoel Soares (interrompeu reportagem para telefonar ao 192) sobre o estado de saúde de Orlando, o funcionário do Samu respondeu ao pedido de ambulância com rispidez, antes de desligar o telefone. (Eduardo Rodrigues/Zero Hora)