A ausência do lateral-esquerdo Marcelo na seleção brasileira ainda rende. Após o empate do Brasil por 2 a 2 contra o Paraguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa 2018, o médico da seleção, Rodrigo Lasmar, deu a sua versão da história. O doutor desmentiu o técnico Dunga, que disse que o Real Madrid informou que o jogador estava lesionado e não poderia atuar. O time do defensor garantiu que nunca houve qualquer contato da CBF.
– Na verdade, o Dunga se confundiu um pouco. Eu conversei com o Marcelo diretamente, exatamente porque antes da convocação esse contato é muito mais detalhado do que apenas mensagem por WhatsApp. As mensagens que eu tenho com Marcelo são posteriores à convocação, na qual ele me falou como estava a evolução e de toda essa polêmica – disse o médico ao site da “ESPN Brasil”. – Na véspera da convocação, na quarta-feira, liguei para o jogador, perguntei a condição em que ele se encontrava, e naquele momento havia dois jogos em que ele não estava nem sendo relacionado por problema médico. Não foi (só) uma lesão no ombro.
Lasmar explicou que nunca conversou com qualquer pessoa do Real Madrid, somente com Marcelo. O médico afirmou que se achasse necessário, ele teria pedido os exames feitos pelo jogador para atestar o problema clínico.
– No momento da convocação, o fato era: ele estava há dois jogos sem jogar, afastado do grupo por um problema de lesão. O critério de convocação é do treinador, nossa função como médico é passar para o treinador a condição que o atleta se encontra naquele momento, que era a véspera da convocação. A partir de então, o Dunga definiu e teve os critérios que ele julgou importantes – falou.
O médico fez questão de reafirmar que o critério de convocação é somente do treinador, mas entendeu os motivos pelos quais Dunga deixou Marcelo de fora.
– O que foi importante ou não da convocação do jogador é o histórico: naquele momento, ele não tinha certeza absoluta de como seria essa evolução. Era uma possibilidade, se tudo corresse bem, que ele voltasse a jogar na semana seguinte”, completou. “No momento da convocação, o treinador tem que ter uma segurança muito grande de como está o atleta – disse.