Alexandre Cardoso afirma que não deixa comando do PSB
O presidente do PSB no Rio e prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, afirmou em entrevista à rádio CBN nesta sexta-feira que não deixa o comando do partido no Rio. Segundo a coluna Panorama Político, de Ilimar Franco, a cúpula do PSB, após ouvir o governador Eduardo Campos, quer que Cardoso se licencie da presidência do partido no Rio. O PSB quer à frente do partido alguém comprometido com a candidatura de Eduardo Campos à presidência. A saída honrosa evitaria medidas mais extremas como a da intervenção ou da expulsão.
— Não (vou deixar o comando do partido). Nós temos uma história no PSB. Eu defendo que o PSB se mantenha no curso que foi traçado nacionalmente, no curso do partido avançar. Tem um erro de condução que é discutir 2014 em 2013 — disse Cardoso.
Cardoso pede o debate dentro do partido e voltou a afirma a preferência pela candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio. A cúpula nacional do PSB quer uma candidatura própria no estado e uma das possibilidade seria o nome do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão. A sigla do Rio não gostou, e Cardoso, em entrevista ao GLOBO reagiu dizendo que a presidente Dilma Rousseff é a melhor candidata. A cúpula nacional do PSB ficou furiosa com a declaração, uma vez que trabalham para a candidatura de Campos à Presidência.
— Eu acho que o melhor candidato ao governo do Rio é o Pezão pela experiência, pela condução. Ele vive um momento difícil? Lógico. Você tem um momento de crise eleitoral no Brasil muito decorrente da falência dos municípios — afirmou Cardoso à CBN.
Em seguida, o prefeito de Duque de Caxias afirmou que Campos tem condição de ser candidato, mas reafirmou sua preferência por Dilma:
— Acho que o Eduardo (Campos) tem condição de ser candidato. Acho que a melhor candidatura é a da Dilma porque tem uma estrutura montada de apoio.
O presidente estadual do PSB também comentou a possibilidade de a cúpula nacional do partido lançar Temporão como candidato ao governo do Rio.
— O Temporão não tem nenhuma experiência política, de contato popular, como pode ser candidato? Querem acabar com o partido? — questionou. — Se as pessoas querem fazer suicídio, que façam sozinhas. Tenho responsabilidade com a prefeitura de Caxias, com o Estado do Rio e com o Brasil — encerrou. (O Globo)