No Dia da Abolição da Escravatura, conheça os passos negros no Recife
Quem circula por alguns bairros do Recife nem imagina que a cidade já foi acorrentada pela escravidão na primeira metade do século 16, quando houve o início da colonização dos portugueses. Em alusão à libertação dos escravos, comemorada nesta sexta-feira (13), o NE10 trilhou os caminhos da história emblemática da presença afro no Recife.Para suprir a mão de obra nas atividades manuais, os portugueses usaram os índios no trabalho das lavouras. Os religiosos católicos, no entanto, barraram e conderanaram a ideia de levar adiante a atividade escrava da população indígena. Para suprir a demanda, os colonizadores foram em busca de negros na África para trabalhar nas colônias. A partir de então, deu-se a entrada da população negra no Brasil. Segundo historiadores, houve mais de 3,5 milhões de africanos trazidos entre os anos de 1530 e 1850.
Trazidos nos cargueiros, na época chamados de Navios Negreiros, os escravos deram os primeiros passos no Recife para serem comercializados na zona portuária. A antiga Rua da Cruz, atual Rua do Bom Jesus, Bairro do Recife, centro da Capital pernambucana, foi um dos locais onde foi palco para vendas de negros.
VEJA ANTES E DEPOIS DA RUA DO BOM JESUS:
Os escravos eram comprados para trabalhar nos engenhos de açúcar e nos canaviais, exercendo diversas atividades nas fazendas dos senhores de engenho, segundo Bráulio Moura, gerente de turismo do Recife. “Na Capital pernambucana, antigos engenhos deram origem aos bairros como o de Casa Forte, Apipucos, Engenho do Meio, Várzea, Monteiro, entre outros”, contou. Nesses locais, escravos domésticos trabalhavam nas residências e comércios do Recife.
Em 1850, houve o primeiro passo para extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, no anos de 1871, foi declarada a Lei do Ventre-Livre. Essa lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação. Já os negros de mais de 65 anos foram beneficiados com a aprovação da lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários em 1885. Por fim, a princesa Isabel assinou no dia 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea, a libertação total dos escravos no Brasil
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