Cúpula da saúde sem médicos

 

Os compromissos do governo Michel Temer com saúde pública não passam pela intensa participação de médicos na gestão do Ministério da Saúde. O ministro Ricardo Barros, que é engenheiro, escolheu um dentista, Antônio Nardi, para ser seu “vice-ministro”, isto é, o secretário-executivo. A Secretaria de Atenção à Saúde, considerada a “alma” do ministério, é chefiada por um administrador, Francisco Figueiredo.

Brasília - O deputado federal e relator do Orçamento da União de 2016, Ricardo Barros, dá entrevista após encontro com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa (Elza Fiuza /Agência Brasil)
Até a indicada para o cargo de secretária de Gestão Estratégica do Ministério da Saúde não é médica. É a fisioterapeuta Gislaine Bucarin.

O engenheiro Marcos Fireman, ligado ao PP, partido do ministro da Saúde, vai trocar a CBTU pela Secretaria de Ciência e Tecnologia.

Há áreas administrativas que podem ser exercidas por profissionais de outras áreas, mas em saúde o comando de médicos é fundamental.

José Serra nem tem formação superior completa, mas foi considerado um bom ministro da Saúde, no governo FHC: cercou-se de médicos.

Após o fechamento da edição, o Ministério da Saúde respondeu:

O Ministério da Saúde informa que a estrutura administrativa da atual gestão está sendo recomposta de forma responsável e criteriosa, inclusive no que se refere à escolha dos dirigentes de cada uma das áreas e departamentos da pasta, que vem sendo feita com base em parâmetros de comprovada capacidade técnica e da ampla experiência em Saúde de cada gestor nomeado. A gestão do ministro da Saúde, Ricardo Barros, aposta num corpo técnico capaz de aprimorar as políticas já existentes e também de propor novas ações.

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