Polícia já tem informações sobre casal envolvido em suposta adoção ilegal

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A polícia já tem informações sobre o paradeiro do casal que está sendo investigado por se envolver em suposta guarda ilegal de uma menina no município de Olinda. À frente da apuração do caso, a delegada Andréa Melo disse que negociou com os advogados dos antigos guardiões – formado por um piloto americano e uma esteticista carioca – para que seus clientes se apresentem à delegacia e sejam ouvidos.

Segundo informações, o casal se encontra no município de Gravatá, Agreste de Pernambuco, e uma negociação foi feita para que eles se apresentem na próxima semana. A polícia busca esclarecimentos sobre o batistério da criança, que recebeu um nome falso da madrinha da menor e do casal. Além do suposto crime de falsidade ideológica, outras irregularidades que envolvam a possível adoção ilegal estão sendo apuradas. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) é quem denunciou o caso, que veio à tona na última semana.

Nesta quinta-feira (05), a delegada Andréa Melo começou a ouvir as primeiras testemunhas do caso. Acompanhada de mais três advogados, a proprietária da residência, Fabíola Machado, que havia sido apontada como sendo o imóvel onde residia o casal compareceu à Delegacia do Varadouro para prestar depoimento.

Além de Fabíola, o padre José Severino da Silva, da Paróquia de São José, em Olinda, também será convocado pela polícia para que ele reconheça se a criança que consta no batistério é a mesma que estava sob os cuidados do casal. O documento será submetido à perícia do Instituto de Criminalística (IC). O religioso deve ser ouvido na próxima semana. O inquérito sobre o caso deve ser concluído em pouco mais de 30 dias.

Na última quarta-feira (04), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) confirmou que a criança envolvida na suposta adoção ilegal foi entregue a um casal da lista de adotantes, conforme a promotora da Infância e Juventude de Olinda, Henriqueta De Belli, já havia noticiado – um dia antes, através de uma rede social. Em nota, o TJPE informou que os guardiões que cuidarão da garota são moradores da Comarca de Olinda e integra o Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

O termo de entrega da menor foi assinado pela juíza da Vara da Infância e Juventude de Olinda, Andréa Calado, que foi acusada pelo MPPE de tentar driblar as etapas para o processo de adoção, conforme manda a legislação. Na denúncia do órgão fiscalizador, a magistrada teria beneficiado o casal que está sendo investigado com a guarda provisória da referida criança, que não constava no Cadastro Nacional de Adoção. Agora no novo lar, a criança será observada junto com os adotantes, que passarão por um estágio de convivência com duração de 30 dias. Passado o período, a adoção poderá ser concretizada pelos guardiões. (Folha de Pernambuco)

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