Por que a polícia não prendeu o militar infiltrado?

Militar aparece ao lado de grupo detido. PM não cita seu paradeiro e nega saber de ação de inteligência

O envolvimento de um capitão do Exército com um grupo de manifestantes anti-Temer que acabaria detido em São Paulo segue deixando várias perguntas em aberto. Enquanto o Exército informa apenas que “as circunstâncias estão sendo apuradas”, a Polícia Militar de São Paulo diz que “não conhece” Willian Botelho Pina, apontado pelos manifestantes como um “infiltrado” que planejou a emboscada do grupo.

Pina aparece em imagens sendo revistado pela polícia ao lado dos demais detidos no domingo, dia 4, na região central de São Paulo, mas foi o único a não ter sua prisão registrada. Questionada sobre o paradeiro do homem, a Secretaria de Segurança do Estado não havia respondido até a publicação desta reportagem. Botelho, que nas redes sociais era Balta Nunes, apresentou diferentes versões no domingo depois da revista no Centro Cultural São Paulo

Na nota lançada no sábado, o comando da segurança do Governo Alckmin (PSDB) disse que a Polícia Militar “desconhece qualquer ação de inteligência que tenha sido realizada por outro órgão de segurança”.  Na mesma nota, o Deic, da Polícia Civil, “garante que todos os detidos apresentados no departamento foram qualificados no boletim de ocorrência”, deixando um hiato sobre o que teria acontecido entre a revista e a chegada à delegacia.

 

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