Rede Sustentabilidade ‘sonha’ com filiação de Eliana Calmon

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A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, “sonha” com a possibilidade de filiação da ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, à sigla.

“A Rede da Bahia tem sonhos. Não sei se eles formalizaram algum tipo de convite para ela, mas não posso negar que os baianos são sonhadores”, afirmou Marina nesta quarta-feira, 11, após participar de um debate sobre controle de gasto público em São Paulo.

Eliana Calmon já negou publicamente que tivesse planos de concorrer ao governo da Bahia, mas há rumores de que ela pode estar pensando em uma alternativa, como uma vaga no Senado.

A ex-senadora, no entanto, negou que tenha convidado o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto para ser seu vice na disputa pela Presidência, em 2014. Disse que apenas conversou com ele sobre o processo de registro da sigla na Justiça Federal.

“Se você vai fazer uma cirurgia e tem um amigo médico, você conversa com ele sobre isso. Com um processo dessa natureza, com a complexidade que foi sendo criada em função das perdas dos prazos, da anulação de assinaturas exacerbada em São Paulo e em Brasília, eu resolvi ir conversar com ele sobre isso”, afirmou.

A Rede ainda não conseguiu certificar as 492 mil assinaturas exigidas pela lei para conseguir o registro no Tribunal Superior Eleitoral. O prazo acaba no início de outubro.

“Já estamos com 400 mil assinaturas e vamos dar continuidade às buscas nos cartórios. Uma questão importante para nós são as invalidações por falta de parâmetros. E isso é uma preocupação que, a meu ver, a Justiça terá que fazer alguma reparação”, afirmou Marina.

Durante todo o processo, o grupo de Marina tem reclamado da quantidade de fichas de apoio rejeitadas pelos cartórios sem justificativa e alega que esse é o motivo para não conseguir cumprir o requisito.

Caso a Rede não consiga o registro a tempo, Marina, que hoje se encontra em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, teria que buscar outra legenda para concorrer à Presidência. Mesmo com as dificuldades, a ex-senadora disse que não vive uma “ansiedade tóxica” em relação à aprovação do registro no TSE e que segue confiando em “Deus e na Justiça” para que haja um desfecho positivo do caso. (Estadão)

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