Sylvia Bandeira está feliz da vida com sua volta à Rede Globo depois de 15 anos afastada da emissora que a lançou como atriz (seu último trabalho na Globo foi uma participação em ‘Um Anjo Caiu do Céu’, 2001). Atualmente ela vive a Ana Clara em “Sol Nascente“. A escolha para ela ser a personagem foi providencial.
Nascida em Genebra, na Suíça, a filha do diplomata Octavio de Souza Bandeira foi procurada para integrar a trama de Walther Negrão por ser poliglota – ela fala fluentemente inglês, francês, espanhol, português e um pouco de italiano -, requisito para o papel interpretado por ela, que é dona de uma pousada na trama das sete.
Em ótima forma aos 66 anos, Sylvia reconhece que não está fácil conseguir trabalhos na televisão para mulheres na sua faixa etária. Ela atribui ao excesso de procedimentos estéticos a responsabilidade por essa escassez. “Todas as atrizes estão começando muito cedo a fazer plásticas e procedimentos. Vão chegar numa idade e vão ficar o caos. Não tem mais papel para mulher mais velha porque elas não aparentam mais a idade que têm”, diz ela.
Casada há 30 anos com o engenheiro Carlos Eduardo Ferreira, a atriz assume que também já sucumbiu às intervenções plásticas. Mas nada muito invasivo, garante. “Fiz um refrescamento maravilhoso, um lifting, com o Ivo Pitanguy (morto em agosto). Tenho medo dos procedimentos. Não mexi nos olhos e também não faço preenchimento. Boca nem pensar. Eventualmente faço um botox. Morro de medo, não gosto de sentir dor”, afirma.
O primeiro casamento de Sylvia Bandeira foi aos 17 anos com o empresário Bobby Falkenburg, com quem teve Talitha, 44, e Robert, 42. Da união com Carlos Eduardo ela é mãe de Melina, 30. “Fui uma mãe muito severa. Além dos meus filhos, também tinham os dois do Carlos Eduardo de seu outro casamento. Nunca fiz cerimônia com os filhos do marido. Dava bronca igual. Impondo limites mas conversando. Discutia a relação com tudo. Conversava demais com eles.”
Para manter o corpo e a boa postura, adquirida com o balé que praticou desde criança, Sylvia faz pilates. Dieta, no entanto, passa longe da vida da atriz. Ela se confessa uma gulosa compulsiva, que não consegue passar um dia sem comer um chocolate. “Sou uma pessoa que gosta de viver. Não faço gênero. Como com tudo, sou gulosa. Nesse sentido sou bem entregue. Sou gulosa compulsiva. Tenho uma oralidade muito grande. Aliás, estou escrevendo o segundo livro ‘Uma gulosa compulsiva’ (o primeiro é a biografia ‘Mamãe costura e esta noite vou te ver’), com dicas de doces, tortas, sorvetes de vários lugares, além de uma minibiografia desde sempre.”