Professores da UNEB são contra projeto de lei que proíbe aparelhos eletrônicos nas aulas

aparelhos eletrônicos nas aulas

O uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula é cada vez mais comum, nas escolas e centros das redes públicas e privadas do ensino básico. A prática tem dividido opiniões e representantes do Legislativo baiano já se manifestaram sobre o assunto.

Está em tramitação, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o Projeto de Lei (PL) 16.724/2007, de autoria do deputado João Carlos Bacelar, que proíbe o uso desses equipamentos (celulares, tabletes, notebooks, mp3, mp4 e outros) nas unidades educacionais, a menos que seja para fins pedagógicos.

Atentos à aprovação, por unanimidade, do parecer do relator do PL, o deputado Rosemberg Pinto, representantes das instituições baianas de ensino e pesquisa se manifestaram contra o projeto, por meio de uma carta aberta que será enviada aos parlamentares. A data da votação do projeto em plenário será divulgada em breve.

A professora da UNEB Lynn Alves, coordenadora o grupo de pesquisa Comunidades Virtuais, integrou a equipe de docentes que elaborou a carta.

“Esperamos esclarecer para a população que os dispositivos móveis representam espaços de aprendizagem. São artefatos culturais que potencializam a aprendizagem dos diversos tipos de conhecimento. Esse projeto de lei representa uma restrição dos limites do que é pedagógico”, destaca Lynn.

Professor de instituições privadas de ensino básico e superior, Marcos Paulo Pessoa ressalta que os limites para o uso dos dispositivos móveis são importantes e que devem ser definidos de forma dialógica com os estudantes.

“A proibição é polêmica. Considero que vai na contramão das evoluções do ensino. Acredito que devemos sempre estabelecer o diálogo com nossos estudantes. Não é proibindo que vamos garantir que os aparelhos sejam usados para os devidos fins pedagógicos”, opina o docente, que também participou da produção da carta.

Os interessados em apoiar esse movimento contrário ao PL podem enviar um e-mail para [email protected] afirmando que concordam com o teor da carta aberta ou podem ainda assinar a petição on-line.

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