Debatido projeto de defesa do São Francisco na Univasf
A primeira Reunião da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco (CCRSMSF), gestão 2016-2020, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) foi realizada na manhã ontem (18), na sala do Conselho Universitário (Conuni) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no Campus Centro, em Petrolina (PE). A reunião foi presidida por Julianeli Tolentino de Lima, reitor da Univasf e coordenador da CCRSMSF, e foi aberta ao público.
A reunião teve como objetivo apresentar a equipe da gestão 2016-2020, definir atividades prioritárias a serem executadas com os recursos e aprovar o texto da ata da reunião anterior, ocorrida no mês passado. Houve a participação de membros do poder público nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal, da sociedade civil, de empresas usuárias de água e comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e agricultores.
Julianeli Tolentino destacou que a reunião é importante, pois é através dela que são recebidas as propostas de projetos para encaminhar ao CBHSF que posteriormente irá deliberar sobre a execução das ações, pondo em prática ações em defesa do rio São Francisco. Julianeli falou também da expectativa de coordenar a Câmara. “É um grande desafio, mas não poderíamos deixar de pleitear um assento da Univasf no Comitê e tivemos como consequência a minha eleição e agora vamos propor uma agenda positiva de reuniões descentralizadas”, disse.
A cacique da tribo Pankará, localizada em Itacuruba (PE), Lucelia Silva, disse que a principal motivação da participação na reunião é a luta para a aprovação do abastecimento de água do Rio São Francisco para a comunidade. “Mesmo estando muito próximos ao rio, a gente tem dificuldade de buscar água e esperamos que o comitê aprove nossas resoluções”, afirmou.
Criado por decreto presidencial em 5 de junho de 2001, o CBHSF é um órgão colegiado que tem por finalidade realizar a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia do Rio São Francisco, na perspectiva de proteger os seus mananciais e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. O comitê tem atribuições normativas, deliberativas e consultivas. Atualmente, tem 62 membros titulares e expressa os interesses dos principais atores envolvidos na gestão dos recursos hídricos da bacia.