EMBRAPA homenageada na Alepe

Embrapa
Em reunião solene no dia 16 de setembro, às 18 horas, a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco homenageia a Embrapa na passagem dos 40 anos da instituição, uma das protagonistas da revolução agrícola que fez do Brasil um dos líderes mundiais na geração de tecnologias para a agricultura tropical.
Neste período, as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação vêm colaborando para que o país dê saltos na produtividade e na competitividade das cadeias produtivas da agropecuária brasileira. No segmento de grãos, por exemplo, a produção cresceu por volta de 400%, enquanto a área cultivada aumentou cerca de 80%. Em 1972, a safra foi de 30 milhões de toneladas numa área de 28 milhões de hectares. Hoje, a área plantada com grãos no Brasil é da ordem de 50 milhões de hectares e a produção ultrapassou 166 milhões de toneladas.
O Brasil é atualmente o 3º maior exportador mundial de produtos agropecuários. É também o maior exportador de café, açúcar, suco de laranja, etanol de cana-de-açúcar, frango e soja; segundo maior exportador de carne bovina e terceiro maior exportador em algodão.
A deputada Isabel Cristina, autora do requerimento para a realização da reunião solene no Plenário do Palácio Joaquim Nabuco, explica que a empresa tem imprimido marcas importantes no desenvolvimento do estado. Não apenas com a localização em território pernambucano de três de suas estruturas de pesquisa – Embrapa Semiárido, em Petrolina, e Unidade Especial de Pesquisa da Embrapa Solos, em Recife- e de serviços – o Escritório da Embrapa Serviços e Mercados, também em Petrolina, afirma.
Para Cristina, é impossível não associar à Embrapa e à competência técnica dos seus profissionais para identificar demandas e interagir com os segmentos privados e públicos, “a pujança econômica” da fruticultura irrigada do Vale do Rio São Francisco.
A deputada garante que veio da Embrapa os principais instrumentos de planejamento da agricultura e da pecuária do estado: o Zoneamento Agroecológico de Pernambuco (ZAPE) composto por 56 cartas de solos e com níveis de detalhes que poucos estados brasileiros dispõem. Com ele, “podemos dizer que dispomos de critérios de sustentabilidade para o uso, manejo e conservação das terras.
De acordo com o Chefe Geral da Embrapa Semiárido, Natoniel Franklin de Melo, a ação da empresa no estado é favorecida pelo apoio que recebe de órgãos governamentais a exemplo do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – AD Diper.
Com a AD Diper, por exemplo, há iniciativas de estímulo ao cultivo irrigado de melão nos municípios de Inajá e Floresta. A promoção de capacitações de agricultores em tecnologias de produção e de pós-colheita dessa espécie gerou bons resultados econômicos e sociais: o aumento da produtividade para até 30 t/ha tem feito Inajá e o seu entorno alterar de forma positiva, o perfil de emprego e renda dos seus cidadãos, afirma o dirigente da Embrapa Semiárido.
Na Chapada do Araripe, Embrapa e IPA pesquisam espécies florestais que possam ser cultivadas com o objetivo de abastecer a demanda por lenha das indústrias que exploram a mina de gesso da região. Para Natoniel, dispor de plantas com potencial energético em áreas antropizadas aumenta a oferta de matéria-prima de base florestal sustentável para o desenvolvimento sócioeconômico da região gesseira do Estado. Com o IPA, ainda há um forte trabalho para a produção animal no semiárido do estado: a pesquisa e a transferência de tecnologias para o controle da cochonilha-do-carmim em palma forrageira, com a seleção de variedades mais resistentes e novos métodos de controle biológico da praga.
Hoje há um acervo de tecnologias para a região desenvolvidas e adaptadas para produtos como uva, manga, banana, melão, maracujá, cebola, feijão-caupi, além de sistemas de produção para caprinos, ovinos, bovinos, peixes e abelhas, sem falar do acervo de informações dos recursos sociais e edafoclimáticos do Estado. 

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