Roger Waters se arrepende de processo contra ex-companheiros
Foram quase trinta anos e alguns reencontros, nos palcos e fora deles, mas Roger Waters finalmente admitiu que se arrepende de ter processado os ex-companheiros do Pink Floyd quando saiu da banda, em 1985. Na época, Waters queria impedir David Gilmour e Nick Mason de continuarem usando o nome do grupo.
“Eu achava aquilo errado, e eu estava errado!”, disse Waters em entrevista à BBC que vai ao ar nesta quinta-feira. “Claro que estava. Quem se importa? Foi uma decisão comercial e na verdade foi uma das poucas vezes nas quais o direito me ensinou algo. Quando fui a eles e disse, ‘Olha, estamos quebrados, isso não é mais o Pink Floyd’, eles responderam, ‘O que você quer dizer? Isso é irrelevante, é uma marca e tem valor comercial, você não pode dizer que ela vai deixar de existir’.”
Roger Waters deixou o Pink Floyd em 1985 por conta de “diferenças artísticas” com o resto da banda. Dois anos antes, o grupo havia lançado o álbum “The final cut”, inteiramente composto por Waters. Em 1984, tanto ele quanto Gilmour lançariam trabalhos solo, confirmando o afastamento.
O Pink Floyd, é claro, continuaria a existir com Gilmor, Mason e o tecladista Richard Wright e lançaria ainda dois álbuns de estúdio: “A momentary lapse of reason” e “The division Bell”. Anos depois, os músicos se reaproximariam para algumas apresentações especiais, como o show do Live 8.
Na entrevista, Waters também revela planos de um novo disco. “Eu tive algumas ideias recentemente sobre as quais não vou falar, mas vou fazer um novo álbum”, disse.
Fonte: O Globo