Sindsemp é impedido de participar de reunião sobre projeto do reajuste salarial
Grazzielli Brito – Ação Popular
Há quinze dias em greve os servidores municipais de Petrolina, representados pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindsemp), se revoltaram ontem (23), na Câmara de Vereadores, onde representantes do sindicato foram impedidos de participar de uma reunião, entre vereadores e representantes do município, a portas fechadas na sala de comissões da Casa Plínio Amorim.
A presidente do Sindicato, Leia Araújo, disse que foi junto a outros servidores à Câmara no intuito de acompanhar a sessão, que acabou não acontecendo, e para exigir dos vereadores uma posição. “O executivo teve uma reunião com os vereadores e vetou a participação da entidade sindical. Nós não acatamos essa decisão. Para se discutir a vida dos servidores, tem que ser com a presença da entidade. E isso gerou uma revolta de todos os presentes, nos corredores da câmara as pessoas ficaram exigindo que os vereadores fizessem cumprir os direitos do servidor”.
Leia revela que a entidade está presente na Casa Legislativa em diferentes momentos. “Em alguns momentos ocupamos a tribuna, fazendo apresentação das condições de trabalho, da nossa pauta de reivindicações, pedimos apoio dos vereadores. Em outros momentos assistimos sessões. Estamos sempre acompanhando o projeto para que ele não passe nos moldes do executivo, burlando a legislação da educação que diz que o sindicato é quem deve negociar. Não vamos lá pra fazer ‘bagunça’ como foi dito”.
A presidente diz que recorreu aos vereadores, para que eles acompanhassem a mesa de negociação, diferente do ocorrido na reunião de ontem onde o sindicato foi barrado. “Durante a negociação o executivo estava destratando a entidade, por isso pedimos a presença do legislativo. Infelizmente, a bancada da situação ela não se posicionam a favor dos trabalhadores. Até o momento nós só temos 8 vereadores que apóiam a causa, aque estão dispostos a encaminhar emendas, é uma minoria, mas iremos fazer justiça a esses vereadores”, finalizou.
O também líder sindical Gilvan Santos Brito revela que ao contrário do que a prefeitura tem alegado a receita municipal está em ascensão. “Inclusive o Fundeb teve incremento de quase 5 milhões entre o primeiro quadrimestre de 2012 ao mesmo período de 2013, e estamos lutando para que isso seja repassado também para o servidor. O executivo está reduzindo gratificação, é incrível como ele consegue fazer isso, que é inconstitucional. A constituição não permite a redução salarial”.
A reportagem tentou contato com a secretaria de Administração e não conseguiu.