Maracanã lotado e com festa produz êxtase e alívio no Flamengo
Gramado estava longe das melhores condições, mas palco foi aprovado
A festa da torcida do Flamengo num Maracanã com mais de 60 mil pessoas provocou uma mistura de sentimentos em jogadores e comissão técnica do Flamengo. Primeiro, pela emoção de jogar num estádio com atmosfera de decisão de campeonato e, claro, vencer na estreia da Libertadores. E o alívio pela sinalização de que 2017 possa não repetir o ano passado, quando o elenco foi obrigado a viajar pelo país a cada jogo.
Grande nome do jogo, o meia Diego exaltou o papel dos torcedores. Mas também fez questão de lembrar o que o time passou na última temporada.
— Participar de um ambiente como este foi sensacional, inesquecível. É um privilégio para mim voltar ao Brasil e viver isso. Estar aqui já foi uma conquista. Todo mundo lembra o esforço que este elenco fez no ano passado, com viagens e todas as dificuldades para que a gente chegasse a este momento. A torcida veio porque sabe o quanto este time é dedicado — afirmou.
MOSAICO DA TORCIDA
O técnico Zé Ricardo lembrou, inclusive, o mosaico feito pela torcida, com a inscrição “Aqui é Flamengo” e os anos de 1981, quando o time venceu a Libertadores, e 2017, em referência ao sonho do bicampeonato.
— Depois daquilo, não tinha como deixar de fazer uma partida no limite máximo — disse o técnico. — Fizemos uma partida muito organizada o tempo todo. No primeiro tempo, eles tentaram esperar nosso erro e cuidamos de não dar chances. No segundo, o San Lorenzo teve que se abrir mais e ocupamos os espaços.
A volta ao Maracanã foi marcada pela festa da torcida mas, também, por problemas no gramado, cuja recuperação não foi totalmente concluída.
— Não estava em bom estado, mas sabemos do esforço que o Flamengo fez para reabrir este estádio. E isto merece ser valorizado — disse Diego.