Nenê caminha para completar dois anos de Vasco em agosto e ainda não encontrou alguém para dividir a responsabilidade pelos gols e jogadas ofensivas. Talvez por isso sinta mais a cobrança para o jogo de hoje, às 19h30, contra o Vitória, em Salvador, pela Copa do Brasil. Após o empate em 1 a 1 na ida, a equipe carioca precisa vencer ou empatar com dois ou mais gols para se classificar. Mais uma vez, as maiores esperanças cairão sobre os ombros do camisa 10.
Na entrevista coletiva em São Januário antes da viagem do Vasco para a Bahia, ele se mostrou irritado com algumas perguntas sobre o momento de instabilidade que o time atravessa com Cristóvão.
– Parece até que fomos rebaixados. Futebol é resultado e se ganhamos, ninguém questiona nada. Precisamos vencer, apenas isso.
Aos 35 anos, Nenê carrega a exata noção da importância que tem para o Vasco sair de campo com essas benditas vitórias. Esse ano, contando com os amistosos nos Estados Unidos, ele marcou sete gols, o que corresponde a 41% do total do time. No Campeonato Estadual, é o vascaíno que mais finaliza a gol, que mais dá passes, que mais dá assistências e o que mais cruza. Em suma: tudo que o Vasco cria passa pelo pé esquerdo do jogador.
A presença de Luis Fabiano, que fará contra o Vitória sua segunda partida pelo Vasco, dá esperança de que Nenê pode ser desafogado de tantas obrigações na equipe.
– A cada dia estamos nos entrosando. Ele é inteligente, experiente, não precisa de muito – destacou o meia.
Ainda assim, atacante ainda precisa de tempo para jogar no mais alto nível. Até lá, cabe a Nenê resolver a vida do Vasco na Copa do Brasil.