Bancários deixam menos de 30% das agências abertas

Bancos em greve

Na Avenida Sete são 13 agências e nenhuma está funcionando normalmente. Em apenas seis delas é possível usar os caixas eletrônicos. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes Neves, cerca de dez agências estariam abertas, nessa terça-feira (24/9); menos de 3,5% do total de 291. Ele, contudo, não soube informar onde elas estão. “É que existe um revezamento diário e fica difícil de acompanhar”, explicou.

Neves, no entanto, tem um argumento que confirmaria a manutenção dos 30% dos serviços bancários exigido por lei. “Faz parte dessa conta os atendimentos por internet, as casas lotéricas, os caixas eletrônicos e as centrais de atendimentos dos bancos, que são terceirizadas”, explica.

Segundo o presidente, a maneira de ver o sistema financeiro mudou e, com isso, a forma de atendimento aos clientes também. “Com o que está funcionando, quase todas as transações podem ser feitas, mesmo que com certo limite”, avaliou. Ele afirma que esta maneira de contabilizar os 30% exigidos por lei nunca foi questionado porque é legítimo. “O sistema continua funcionando, mesmo a compensação está sendo realizada. As nossas paralisações hoje em dia afetam muito menos a população do que há décadas atrás”, acrescenta.

De acordo com Neves, os clientes dos bancos estão impedidos de fazer apenas empréstimos, saques e depósitos de valores elevados ou resolver problema com cartões. Ele acredita que, dentro da atual configuração do sistema financeiro, a categoria deveria ser até menos condescendente com a população. “Para alcançarmos nossos objetivos precisamos causar impacto. Tem muita gente na categoria que acredita ser necessário fechar todos os bancos”, revela.

Passeata

O Sindicato dos Bancários da Bahia realiza, nesta quarta-feira, 25, uma passeata pelas ruas do centro de Salvador. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para o fato de que as reivindicações da categoria são as mesmas dos clientes dos bancos. A categoria acredita que a população está ao seu lado, já que sofre também com as falhas das instituições financeiras. A passeata sairá da sede do sindicato, nas Mercês, às 16h30, e segue pelas ruas do centro até a concentração na Praça da Piedade.

O sindicato listou as reivindicações que supostamente são as mesmas dos clientes dos bancos. As enormes filas, sobretudo no início do mês, época de pagamento, quando ocorre déficit de funcionários, é uma delas, que seriam resolvidas com a ampliação do quadro de funcionários.

Outra reivindicação que, segundo o sindicato, faz parte do clamor da sociedade está ligada à segurança. Segundo o sindicato, este ano na Bahia, foram 138 ataques a bancos. No primeiro semestre, 30 pessoas morreram em decorrência de assaltos. A categoria pede mais investimento em segurança por parte das organizações.

Fonte: Tribuna

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