“Alguns acordos não estão evoluindo bem. O do Delcídio é um deles. As investigações não avançam nem na primeira instância. Talvez alguns ajustes tenham que ser feito nesses acordos”, disse um procurador ao jornal O Globo.
No início do ano passado, o ex-senador Delcídio Amaral fez um acordo de delação premiada, que o livrou da prisão. Nos depoimentos que prestou a procuradores e a pelo menos um delegado da Polícia Federal, Delcídio distribuiu diversas acusações, entre elas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a presidente deposta Dilma Rousseff.
Um dos casos emperrados seria a investigação sobre a suposta manobra de Dilma para nomear o ministro Marcelo Navarro, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, a partir daí, tirar da cadeia o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht.
Fora da prisão, seriam mínimas as chances do executivo fazer delação. O ex-senador disse que tratou do assunto com Dilma, no período em que ela ainda estava na Presidência. Mas não há qualquer registro da conversa e nenhum outro elemento que comprove a suposta trama.