Em março de 2012, um aneurisma cerebral – raro entre as crianças – ocasionou a morte britânica Jemima Layzell, de apenas 13 anos. Seus órgãos foram doados a oito pessoas, entre elas cinco crianças, número record de acordo com o serviço de doações do Reino Unido. Os pais da criança cuidam, atualmente, de uma ONG que apoia jovens sobreviventes do aneurisma e promovem a doação de órgãos e tecidos.

De acordo com as informações do The Guardian, a criança passou mal durante a preparação da festa de aniversário de sua mãe, Sophy Layzell, 43 anos. A menina foi socorrida para um hospital, mas faleceu após quatro dias. A mãe a definiu como uma menina amável, esperta, divertida, compassível e criativa.

Em entrevista ao jornal, Sophy e seu marido, Harvey Layzell, 49 anos, contaram que doar os órgãos Jemima não foi uma decisão fácil a ser tomada. Porém, semanas antes da morte repentina, a criança disse que gostaria que seus órgãos fossem doados. Eles haviam conversado sobre o assunto quando um amigo da família morreu em um acidente de carro. “Eles estavam registrados, mas os órgãos não puderam ser doados por causa das circunstâncias das mortes”, disse a mulher.

Ainda segundo Sophy, Jemima nunca tinha ouvido falar sobre doação de órgãos, mas entendeu a importância do ato. Os transplantes foram feitos da seguinte forma: três pessoas receberam o coração, o intestino delgado e o pâncreas da menina. Outras duas pessoas receberam seus rins e os pulmões salvou outra vida. Por fim, seu fígado foi dividido entre duas pessoas.

Sophy e Harvey descobriram cerca de 20 diários e cadernos que a menina escrevia desde os quatro anos. Os textos foram reunidos e se transformaram em um livro, que recebeu o nome The Draft. Todo dinheiro arrecadado com o livro serão revestidos para a instituição de caridade criada em sua memória, a Jemima Layzell Trust.

*Com informações do The Guardiam