Por Jorge Serrão
A surpreendente entrada de Marina Silva no páreo da sucessão presidencial (como provável vice do socialista Eduardo Campos) vai obrigar o PT a antecipar o jogo sujo da campanha de 2014. A qualquer momento, os responsáveis pelo esquema de espionagem e fabricação de dossiês que o partido promove contra inimigos e adversários vão plantar denúncias para queimar Eduardo – já desclassificado pelo grande líder Luiz Inácio Lula da Silva como um grande traidor.
A mídia amestrada e simpatizante ideológica petista, alimentada por publicidade estatal e outras vantagens mensaleiras ocultas, vai triturar o netinho do falecido Miguel Arraes. A tática inicial explícita é investir em “análises” que continuem indicando a fragilidade de sua candidatura, mesmo com Marina, cuja filiação ao PSB surpreendeu a maioria dos petistas. Já a tática invisível consistirá na detonação de ataques pessoais e midiáticos que desconstruam a imagem do Governador de Pernambuco.
O alto comando petralha apenas se sente seguro com as chances de Dilma Rouseff vencer a eleição presidencial logo no primeiro turno. Na avaliação do cardinalato petista, a ida a um segundo turno é arriscada, pois vai juntar todos contra o PT-PMDB. O cenário ideal para Dilma disputar e vencer facilmente a reeleição é uma polarização com Aécio Neves – um tucano com dificuldades de decolagem, mesmo com o antigo e conhecido apoio explícito dos banqueiros nacionais e internacionais.
O Alerta Total insiste na tese. A eleição de 2014 já está praticamente em favor da burrice ideológica, graças aos votos da maioria de mulas sem cabeça. A colônia de Bruzundanga continuará governada por marionetes da Oligarquia Financeira Transnacional, com o verniz Socialista Fabiano que consolida nosso Capimunismo dependente. Dilma Roussef, Eduardo Campos (agora com Marina Silva de vice), Aécio Neves e até Chico Alencar (pelo PSOL) são farinhas ideocráticas do mesmo saco! Divergem, entre eles, por vaidades ideológicas. No poder, respondem feitos cachorrinhos de madame aos mesmos donos do globalitarismo.
O Brasil é um País condenado à vanguarda do atraso pelo modelo petralha – que combina corrupção com a falta de um projeto nacional. Politicamente, o caos petista só se mantém vivo com a espúria aliança de negociatas com o PMDB e demais comparsas menos votados. Economicamente, o governo é um desarranjo intestinal nas áreas tributária e de infraestrutura, principalmente a energética.
O Brasil vai para o saco graças à mitomania de Lula. O Presidentro nos legou a herança maldita de jogar tudo na operação economicamente suicida do pré-sal. Trata-se de uma aposta cara na busca de um petróleo cuja viabilidade de exploração não é clara, mas os custos antecipadamente já são elevadíssimos.
O País opta pela caríssima técnica de investir em uma energia do século XIX, enquanto o resto do mundo vai apostar todas as fichas na matriz mais barata do gás de xisto (como já indicam os Estados Unidos). Será que ninguém parou para pensar no motivo real pelo qual as maiores transnacionais de petróleo do mundo não vão entrar no leilão entreguista de Libra?
O esquema petralha já liquidou a Petrobrás, detonando a empresa com uma politicagem mais velha que o petróleo. Fará o mesmo entregando, barato, aquela que pode ser uma reserva estratégica de óleo & gás do País – mesmo que venha a ser explorada, no futuro, a um custo mais elevado. O mesmo modelo energético petralha praticamente dizima com nosso projeto do álcool (energia que é produzida aqui). Os petistas permitiram que o setor fosse dominado por empresas laranjas das transnacionais do petróleo – que não querem o Brasil com capacidade própria, independente e soberana de energia.
O mais triste é que, mesmo que o PT acidentalmente seja colocado para fora do poder, pela tradicional via eleitoral, com a dogmática dedada eletrônica sem possibilidade de auditoria e contestação, a maioria ignorante do povo brasileiro vai eleger, no ano que vem, marionetes com um projeto muito parecido com os dos petistas e aliados. A absoluta falta de alternativas é a marca pré-eleitoral de 2014.
Assim Bruzundanga segue rumo à pós-vanguarda do atraso…