Será lançada nesta terça-feira (10) na Bienal do Livro, no Centro de Convenções de Pernambuco, a biografia do radialista (Rádio Jornal) Geraldo Freire, um dos mais respeitados e conhecidos comunicadores do Brasil.
Escrito a quatro mãos, o livro “O que eu disse e o que me disseram – A improvável vida de Geraldo Freire” foi escrito pelo próprio Geraldo com a colaboração de Eugênio Jerônimo.
Ele relata a história de vida do radialista, que antes de se transformar num dos maiores comunicadores do Brasil, passou por momentos difíceis.
Geraldo Freire nasceu na cidade de Caririaçu (CE), mas ainda criança foi morar em Pesqueira (PE) junto com seus familiares. Perdeu a mãe quando tinha cinco anos e ficou morando com o pai, que trabalhava na Fábrica Peixe.
Com 9 anos de idade, o “menino treloso” fugiu de trem para o Recife à procura de uma tia, que morava no bairro de Água Fria, onde já viviam suas duas irmãs. Uma delas tirou um novo registro de nascimento do irmão, com idade alterada (de 9 para 14 anos), para que ele pudesse trabalhar como “menor aprendiz”.
A partir daí, o “menino treloso” trabalhou como “moleque de recado”, balconista de loja, auxiliar de camelô, entregador de santos e “office boy” de uma agência de publicidade
Seu primeiro emprego como radialista foi na extinta Rádio Repórter, transferindo-se depois para a Rádio Olinda e a Rádio Jornal, sempre como o 1º lugar em audiência.
Na primeira parte do livro – A improvável vida de Geraldo Freire – Eugênio Jerônimo afirma que a “linguagem direta e pornográfica” do radialista é uma forma espontânea de se expressar.
“Geraldo não é um atirador de palavrões a esmo. Ele desenvolveu uma poética do palavrão. Nada na sua linguagem é por acaso, ele tira notáveis efeitos do emprego dos termos que usa”, escreveu.
Na segunda parte – O que eu disse e o que me disseram –, é o próprio Geraldo quem reconstitui um pouco de sua história em cinco décadas como radialista. Citando episódios que protagonizou com personalidades como Dom Hélder Câmara, Miguel Arraes, Marco Maciel, Roberto Magalhães, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, João Carlos Paes Mendonça e outros.