Rodrigo Maia, Mendonça Filho e ACM Neto são as três principais lideranças do DEM
Todos os anos é sempre assim. Logo que começa o recesso parlamentar, brotam dos corredores vazios da Câmara e do Senado notícias pouco consistentes, fruto de imaginação criadora de alguns jornalistas, com a finalidade de preencher claros nos veículos para os quais trabalham. Não são propriamente “fake news” (notícias falsas), mas especulações inconsistentes. É que o ex-deputado Thales Ramalho costumava chamar de “flores do recesso”. Por exemplo: especulou-se ontem que o deputado Rodrigo Maia poderá ser lançado pelo DEM para disputar a sucessão de Temer. A notícia é inverídica – primeiro porque o projeto do Democratas não é lançar candidato próprio a presidente da República e sim se aliar ao PSDB. Em segundo lugar, porque o presidente da Câmara está rouco de dizer que quer disputar a reeleição. Há um vazio de lideranças em seu estado (RJ), donde se conclui que é muito mais racional abraçar um desses três projetos: reeleição, disputa pelo Governo do Estado ou por uma vaga de senador. Queimar etapas em 2018 não está no seu horizonte. Além dele, o DEM tem mais duas lideranças em ascensão – Mendonça Filho e ACM Neto – e todos estão conscientes de que o partido não tem musculatura para disputar a sucessão de Temer. O lucro viria com Rodrigo Maia permanecendo na Câmara, Mendonça disputando uma vaga de senador em Pernambuco e ACM Neto o governo da Bahia.