Advogado acusa vereador eleito com dois anos de antecedência de ameaça de morte

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A façanha regimental da Câmara de Vereadores de Irará, no centro-norte baiano, que alçou o vereador Antonio Carlos Alves (PTdoB), com dois anos de antecedência, para continuar como presidente da Casa no biênio 2015-2016, ainda repercute na cidade. Segundo o advogado Vinícius Bacelar, que entrou com uma ação para anular o pleito, Carlinhos, como é conhecido, ameaçou de morte o defensor caso o propósito fosse adiante. “Ele saiu espalhando pela cidade que ia dar um tiro na minha testa caso eu não desistisse do processo”, relatou o advogado, em entrevista ao Bahia Notícias, ao acrescentar que o aviso seria estendido ao pai de Vinícius. Carlinhos foi reeleito em março deste ano depois de a Câmara aprovar, de forma unânime, a Lei Orgânica Municipal (LOM) (01/2013) que permitiu o avanço futuro dele. O caso das ameaças, segundo o advogado, se deu depois que o presidente soube que era o próprio Vinícius quem conduzia o processo. “Ele se recusou a disponibilizar as atas da sessão que o elegeu e a emenda do regimento interno da Câmara”, declarou Bacelar sobre os itens do mandado de segurança impetrado na Justiça pelo morador Marcio Roberto Morais Cerqueira. De acordo com o advogado, o caso está parado por conta de a comarca não ter juiz no momento. “Enquanto o Tribunal não mandar ninguém, o processo fica parado”, lamentou. Bacelar, que prestou queixa na delegacia local e escreveu uma nota pública sobre o fato, também relata que, nos bastidores, alguns vereadores têm se posicionado a favor da anulação do pleito polêmico, mas preferem o silêncio. A reportagem tentou o contato com o vereador e a Câmara local, mas não obteve êxito. (BN)

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