O PMDB de Pernambuco não recebe adesões e ainda pode perder os quadros que tem
É difícil a situação do MDB nacional devido ao envolvimento de muitos dos seus líderes em escândalos de corrupção, mas a do MDB pernambucano é ainda pior. A secção regional não tem envolvimento com malfeitos. Mas, em compensação, envolveu-se numa batalha jurídica pelo controle da legenda, cujo desfecho é imprevisível. Na última segunda-feira, por exemplo, o juiz Otoniel Ferreira dos Santos expediu uma sentença liminar determinando a suspensão de todos os atos relativos à intervenção no diretório estadual, anunciada em dezembro último pelo presidente Romero Jucá. Ontem, 72 horas após sua decisão, o juiz da 26ª Vara Cível da capital, Alberto Alfredo de Sousa, tornou sem efeito a liminar, acolhendo recurso do diretório nacional.
O recurso se fundamenta na jurisprudência do TSE, segundo a qual, em questões partidárias, a Justiça não se mete. É problema da economia interna dos próprios partidos. A notícia não poderia ter sido pior para o grupo que comanda o partido, embora ainda caibam recursos às instâncias superiores, porque estamos em ano eleitoral. Não dá para ficar eternamente sem saber se Raul Henry permanecerá na presidência ou se será substituído pelo senador Fernando Bezerra Coelho. Até que isto se defina, o partido não consegue crescer e ainda corre o risco de perder o deputado federal Kaio Maniçoba, os deputados estaduais Tony Gel e Ricardo Costa e os vereadores Jayme Asfora e Aline Mariano, ambos candidatos a deputado estadual.