O fato de ter aparecido na última pesquisa do Datafolha com apenas 1% de intenções de voto para presidente da República não desestimulou o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, de levar adiante o seu projeto. Ele esteve no Recife, ontem, para participar de um evento sobre educação, e foi ciceroneado por um companheiro de partido que está ao lado para o que der e vier: o ex-ministro Mendonça Filho. Maia está se revelando um ótimo presidente da Câmara, tocando pautas importantes e zelando pelo diálogo com todas as forças políticas que fazem parte daquele poder. Mas talvez esteja cometendo um erro político, embora tenha dentro de casa um professor nessa matéria, que é seu pai, César Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro.
Está claro que sem alianças e sem tempo de TV para tornar-se conhecido por parte dos brasileiros, suas chances de chegar ao segundo turno são próximas de zero. Por isso, o mais sensato e racional é que disputasse o governo do Rio, ou mesmo uma vaga no Senado, sabendo-se que as grandes lideranças políticas daquele Estado estão com suas imagens arranhadas, especialmente os ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho.